quarta-feira, 20 de abril de 2016

Demolidor, Justiceiro, Elektra...tem como dar errado?

Como vocês que acompanham o blog sabem eu sou um chato de galocha para elogiar alguma coisa feita pela indústria cinematográfica, eu me considero um tipo de Greg Popovich ( tecnico do San Antonio Spurs) no quesito analisar o conjunto da obra. E eu sou um fã de carterinha das Hq's do Demolidor então se a série fosse ruim eu iria chutar o balde como já chutei inúmeras vezes com a Marvel, mas que bom que eu posso dizer que Demolidor é uma das melhores coisas de super-hérois já feitas.

"Eu acho que você é uma meia-medida. Eu acho que você é um homem que não pode terminar o trabalho."

Ao aguardar a próxima temporada do Demolidor da Netflix, eu temia que o tom realista, corajoso, do original seriam lavados pelo tipo mais adolescentizinho. Especialmente quando o clã ninja mão imortal foi nomeado como um adversário - o tema reencarnação e realismo muitas vezes não andam de mãos dadas. Basta pegar o nosso R.I.P Arrow da DC que um dia já foi uma boa pedida.


 



Mas a nova temporada funciona mesmo explorando um campo complicado. Parte do segredo para este sucesso é que, diferentemente da primeira temporada onde a trama foi bastante linear, esta rodada leva de três a quatro histórias a funcionarem para um desfecho só. Cada parte equilibrando-se mutuamente. Cada um com atores que trazem o seu melhor.   Tirando o foco apenas do "O Homem Sem Medo ".

Charlie Cox como Daredevil é um tipo de combinação perfeita ala Downey Jr. / Tony Stark,  mas o personagem-título não precisa fazer todo o trabalho pesado.
Elektra (Elodie Yung), Frank Castle aka The Punisher (Jon Bernthal), Karen Page (Deborah Ann Woll) e Wilson Fisk (Vincent D'Onofrio) todos unidos trazendo um resultado lindo e satisfatório.


Não há como negar que Frank Castle no melhor jeitão badass é quem dita o ritmo da série e vai com sangue nos olhos atrás dos culpados pela morte de sua família e isso faz com que todos os personagens se borrem de medo com sua fama de atirar primeiro perguntar depois. 
O rei do crime, Wilson Fisk é outro que é mostrado de maneira a explorar o que o personagem tem de mais fiel a partir dos quadrinhos,  manipulando os dois heróis como só um verdadeiro estrategista faria, e a Karen...Oh boy Karen Paige ...


Erguendo-se da raiz de uma personagem coadjuvante até sua independência na história, sua capacidade de ver Frank como um alguém que no fundo é bom, defendendo sua pesquisa enquanto seu mundo se desintegra  faz dela uma das melhores propostas da temporada.
A parte onde Elektra e Demolidor atuam juntos é onde a série introduz o seu universo enigmático e se desmembra já com seu climax estabelecido. Isso lá pelo sexto episódio. Vemos os ninjas aparecerem e uma conspiração ganhar força quando nossos heróis descobrem que o Céu Negro uma arma letal e antiga está vindo para o Hell's Kitchen. Acompanhamos o passado de Elektra e de Matt quando o Demolidor ainda era um universitário. Dai temos um periodo de romance, e como a ação não pode parar vemos o Justiceiro passar de caçado no tribunal a caçador. 
No fim somos brindados com o melhor que o universo cinematográfico bem estruturado da Marvel tem a oferecer, sem finais mimosinhos, muuitas mortes ocorrem e o futuro se mostra muito promissor para Matt Murdock no que diz respeito mais histórias do Demolidor.

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