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NIKE MERCURIAL VAPOR IV 2008: OUSADIA NOS MOVIMENTOS
A gênese: A prioridade, aqui, era garantir uma superfície ininterrupta de chutes e um visual aerodinâmico, semelhante ao das sapatilhas de grandes velocistas.
A tecnologia: A parte superior da chuteira, também feita de Teijin, cobria o cadarço. A nova sola interna era feita de fibra de vidro, assegurando aceleração instantânea – à semelhança da propulsão imediata que vemos nas pistas de atletismo.
O visual: A velocidade inerente ao modelo foi aumentada pelo visual Orange Peel e Citron – um dos mais ousados jamais apresentados em campo. Na Mercurial Vapor Rosa, o toque de extravagância atingiu com tudo os puristas da chuteira preta.
NIKE MERCURIAL VAPOR SUPERFLY 2009: CAIMENTO APERFEIÇOADO
A gênese: O que quer um atleta? É possível criar uma chuteira que tenha menos e, ao mesmo tempo, ofereça tudo? As respostas para essas perguntas culminaram na mais leve e rápida chuteira Nike do período.
A tecnologia: O cabedal composto utilizava uma camada externa ultrafina de Teijin. Já a tecnologia Nike Flywire – projetada para garantir sustentação e baixo peso, recém-estreada em Pequim – mantinha os pés firmes, no lugar certo. Essa “casca” extremamente bem-estruturada garantia o melhor caimento e sensibilidade total entre o pé e a bola. As novas travas de baixo peso e alta tração, bem como o chassi de fibra de carbono, ajudaram a deixar a chuteira ainda mais leve. A sola externa, com sete camadas de carbono, trazia resistência e flexibilidade totais. A parte superior e a sola trabalhavam juntos para que os atletas pudessem acelerar e reagir numa fração de segundo.
O visual: O Flywire visível deu à Nike Mercurial Vapor Superfly uma estética high-tech, que representava visualmente os componentes da chuteira.
NIKE MERCURIAL VAPOR SUPERFLY II 2010: REFLEXOS FELINOS
A gênese: Inspirada na agilidade do guepardo, a Mercurial Superfly II transformou a questão de velocidade numa questão de tração.
A tecnologia: Criada com base em ideias e informações fornecidas por Cristiano Ronaldo, a Mercurial Superfly II contava com tecnologia Nike SENSE: travas inovadoras que se estendiam ou retraíam alguns milímetros, de acordo com a pressão e as condições do solo. A novidade serviu como base para atingir velocidade ideal e estabilidade em qualquer direção. Durante o mundial de 2010, na África do Sul, a Mercurial Vapor Superfly II ganhou uma versão Elite Series: a velocidade premium ficou ainda mais alta graças a uma redução adicional no peso, resultado de uma placa de fibra de carbono.
O visual: A versão Elite Series trazia uma paleta Mach Violet e Total Orange. Essa combinação de cores foi escolhida depois de intensas pesquisas sobre tons que estimulam a visão periférica numa situação real de jogo.
NIKE MERCURIAL VAPOR SUPERFLY III 2011: FIRMEZA SEM IGUAL
A gênese: A terceira versão da Nike Mercurial Vapor Superfly tinha o objetivo de garantir aproveitamento máximo de todas as chances do jogador em campo, eliminando os menores tropeços e as pequenas escorregadas que podem ser explorados pelo adversário.
A tecnologia: A tração na região dos dedos reduzia o risco de escorregar; a configuração de três lâminas, por sua vez, elevava ao máximo a velocidade nos momentos em que o jogador mudava subitamente de direção. A parte superior da chuteira composta e refinada estava mais firme do que nunca, graças à solai de fibra de carbono.
O visual: Somada à combinação geral de tons, a ousada distribuição de cores na parte traseira do calçado fazia avançar ainda mais o conceito de acuidade visual da Elite Series.
NIKE MERCURIAL VAPOR VIII 2012: quase lá
A gênese: Aceleração rumo à bola e toque em alta velocidade foram considerações fundamentais nesta integrante da lendária linhagem.
A tecnologia: A nova sola externa, de fibra de vidro flexível, trazia um sistema de tração inédito, com apoios para as travas. Isso assegurava a rápida penetração no gramado. Já a trava central de alta pressão foi projetada para impulsionar ainda mais a aceleração. O desenho do molde acompanhava o formato natural dos pés, e incorporava um calcanhar mais macio, que reduzia as distrações. A região dos dedos era mais baixa, e o arco do pé, mais esculpido. Isso aprimorava o ajuste da chuteira, enquanto o acabamento de Teijin no cabedal, semelhante à camurça, aumentava conforto e controle, dando uma sensação de pés descalços.
O visual: A inesquecível cor de lançamento, batizada de Mango, ajudava a chuteira a chamar ainda mais atenção.
NIKE MERCURIAL VAPOR IX 2013: CONTRoLE MÁXIMO
A gênese: A nona versão da Mercurial Vapor foi projetada para trazer controle total.
A tecnologia: A parte superior da chuteira combinava a tecnologia All Conditions Control (ACC), que garantia a mesma sensibilidade em gramados secos ou molhados, ao Speed Control, de textura semelhante a uma bola de golfe. Isso criava um equilíbrio entre toque macio e fricção no contato com a bola. A placa de baixo peso, com duas peças de fibra de vidro, aumentava a flexibilidade; já as travas duplas, de configuração assimétrica, completavam o redesenho do modelo, trazendo aceleração instantânea e tração em todas as direções.
O visual: A edição CR7 de Cristiano Ronaldo para a Mercurial Vapor IX apresentou tons flúor e uma estampa Safari no cabedal de textura renovada. Já a estampa intergaláctica da CR7 Mercurial Vapor Supernova era uma representação estética da velocidade interplanetária dessa família de chuteiras.
NIKE MERCURIAL SUPERFLY IV 2014: estilingue para os pés
A gênese: A nova versão foi criada para o jogador que está sempre um passo à frente do adversário que o marca.
A tecnologia: A tecnologia Nike Flyknit ganhou uma nova trama tripla na parte do superior da chuteira, reduzindo o uso de materiais entre o pé e a bola e aumentando a sensibilidade dos pés. Já o Dynamic Fit Collar aprimorou a conexão entre o jogador e a chuteira. Os Brio Cables, inseridos diretamente na trama do cabedal, mantinham os pés firmes em toda a extensão da chuteira, garantindo uma transferência eficiente de energia para o solo. Novas travas, acrescentadas ao calcanhar, aumentaram a estabilidade, e a tração na região dos dedos (inspirada nas sapatilhas de atletismo), tão presente no DNA da Mercurial, aumentou aderência e propulsão.
O visual: O Dynamic Fit Collar, que havia estreado na Nike Magista, trouxe uma inequívoca transformação para o formato das chuteiras de futebol. Ao ser adotado na linha Mercurial, esse novo visual chegou à HTM Nike Free Flyknit Mercurial SP – e, em última análise, deu o pontapé inicial em uma das mais importantes tendências na história recente da indústria de calçados.
NIKE MERCURIAL SUPERFLY V 2016: QUATRO ESTREIAS ELEVAM O SARRAFO – MAIS UMA VEZ
A gênese: Todos os componentes dessa chuteira foram projetados para trabalhar, juntos, pelo objetivo de dar velocidade total ao jogador e criar a mais elevada expressão da Mercurial.
A tecnologia: Os designers eliminaram o vão até então existente sob os pés. Para isso, usaram uma nova placa anatômica baseada em mapas do formato natural da anatomia humana. Um novo processo de moldagem a vácuo permitiu criar um chassi de camada única para a placa da sola – 40% mais leve, porém mais sólido e responsivo do que a placa de fibra de carbono que o antecedeu. O teste de análise de elementos finitos (FEA, na sigla em inglês) foi usado pela primeira vez neste modelo. Ele ofereceu dados científicos para identificar o melhor padrão de tração para jogadores velozes, criando um padrão científico que age como uma garra no momento da aceleração no gramado. O mapeamento de texturas, também baseado em dados, foi usado pela primeira vez para criar uma textura 3D de “costelas” de alta velocidade: nessa textura, as partes em alto relevo criavam fricção entre o cabedal e a bola.
O visual: O potencial estético da Mercurial Superfly V é mais bem articulado pela série de edições especiais de Cristiano Ronaldo. Entre elas, incluem a Capítulo 5: Jogue pra Brilhar, que comemora as façanhas dos gols da carreira de Ronaldo.
NIKE RELEMBRA OS MOMENTOS QUE tornaram A MERCURIAL uma lenda
Ícones são feitos de momentos: quanto maiores e mais mágicos esses momentos, melhor. Sem um momento que confirme sua grandeza, um jogador não passa de mais um profissional realizando uma tarefa, e a chuteira não passa de uma peça presa aos pés desse jogador. Um verdadeiro ícone surge quando um jogador e sua chuteira se unem para criar um momento especial, daqueles que fazem as gerações futuras estudarem vídeos e imagens do feito, como se fosse uma escritura sagrada ou o molde para uma escultura lendária.
UMA PRIMEIRA IMPRESSÃO inesquecível
Ninguém duvida que a Nike Mercurial é uma lenda. Desenhada para garantir velocidade explosiva e o mais alto desempenho, ela estreou em 1998 nos pés do fenomenal atacante brasileiro Ronaldo, na França, durante o maior torneio do futebol mundial. Foi com a R9 que Ronaldo marcou o primeiro gol da história a bordo de uma chuteira Mercurial – mais precisamente, na cidade de Nantes, em 16 de junho, quando encontrou uma brecha na defesa da seleção marroquina, fez um meio-voleio e mandou um petardo para dentro da rede. O gol abriu um placar que terminaria em 3 X 0. Desde então, os mais geniais artilheiros do futebol escolheram a Mercurial para fazer lances mágicos, subindo o sarrafo dos grandes feitos do esporte. Em 2006, Ronaldo firmou de vez seu posto na história ao estabelecer o que, na época, era o recorde de gols na competição mundial: marcou 15 vezes.
Em 1998, Ronaldo (R9) marcou o primeiro gol feito com uma Nike Mercurial. Depois de um meio-voleio, ele mandou um petardo para dentro da rede. Assista aqui
UM GOL TÃO LINDO QUE MERECEU UM TROFÉU
Mas é claro que o brasileiro não foi o único Ronaldo a hipnotizar plateias a bordo de uma Mercurial. No dia 15 de abril de 2009, jogando na Inglaterra, o atacante português Cristiano Ronaldo deixou estarrecida a defesa de um dos maiores times de seu país natal. Aos seis minutos de jogo, em apenas dois toques, ele encheu o pé pouco depois da linha do meio-campo e fez a bola balançar a rede como se fosse uma bala de canhão. A mesma situação, com jogadores menores, teria possivelmente terminado numa lesão ou num chute inofensivo, direto nas luvas do goleiro. Nos pés de Cristiano Ronaldo, porém, esse estonteante momento garantiu a vitória na partida e deu a CR7 o primeiro prêmio Puskás para o gol mais bonito daquele ano.
Cristiano Ronaldo (CR7) acerta um explosivo chute de longa distância, tão impressionante que mereceu o primeiro prêmio da FIFA de gol mais bonito do ano. Assista aqui.
Naquele mesmo ano, Cristiano Ronaldo deixou a Inglaterra e foi jogar na capital da Espanha. Munido de suas Mercurials, ele continuou usando a chuteira que seria considerada a melhor de todos os tempos – tanto em competições de times europeus quanto em embates mundiais. Depois de deixar todos de queixo caído com seu gol de longa distância, ele experimentou dois momentos decisivos de sua carreira ao bater da marca do pênalti. No dia 24 de maio de 2014, na final realizada em Lisboa entre duas equipes madrilenas, Ronaldo botou o ponto final numa vitória decidida na prorrogação, com uma cobrança cirúrgica que fez o goleiro cair para o lado errado e deu à equipe do artilheiro português “La Decima” – o cobiçado e histórico décimo título no campeonato. Dois anos depois, em 28 de maio, em Milão, ao enfrentar os mesmos rivais, Ronaldo acrescentou o 11o título a essa lista. A partida terminou empatada, foi para os pênaltis e, mais uma vez, Cristiano Ronaldo mandou o goleiro para um lado e a bola para o outro. Na comemoração, arrancou e rasgou a camisa branca da equipe.
QUANDO AS CHANCES SÃO PEQUENAS, O GOL É AINDA MELHOR
Em 2011, a Mercurial esteve mais uma vez no centro das atenções. Desta vez o vencedor do prêmio Puskás da FIFA foi para a jovem estrela ascendente: Neymar. No dia 27 daquele ano, numa partida realizada em Santos contra o astro Ronaldinho (num dos jogos mais inesquecíveis da história do torneio brasileiro), o ainda adolescente Neymar recebeu a bola na lateral e dançou com a bola. Ele deixou seis zagueiros tontos, passou para um colega de time e logo a recebeu de volta, avançou para o meio-campo e chegou à pequena área, driblando mais dois zagueiros e tocando por cima do goleiro. Foi isso o que Pelé chamou de “jogo bonito”.
Neymar deixou seis zagueiros tontos e chutou na rede, garantindo o prêmio de gol mais bonito do ano. Assista aqui.
Mas nem mesmo aquele golaço impressionante pode ser comparado ao presente que Neymar deu a todo o Brasil no dia 20 de agosto de 2016, no Rio – mais uma vez, com uma Mercurial nos pés. Naquele momento, o país – a despeito de toda a tradição no futebol – ainda se recuperava da derrota por 7 X 1 na semifinal contra a Alemanha. Novamente contra a Alemanha, desta vez numa final que valia medalha, Neymar (que em 2014 não jogou a semi devido a uma lesão) se viu sob os holofotes. Depois de ter marcado o único gol da Seleção durante o jogo – que terminou empatado em 1X 1 –, Neymar foi para a cobrança de pênaltis com uma vantagem, e com o peso de carregar todo um país nas costas. Com sua clássica paradinha diante do goleiro alemão, ele chutou a bola no ângulo com o peito do pé e caiu em prantos, redimindo a equipe da derrota de 2014 e dando ao Brasil a primeira medalha de ouro da história.
UM CHUTE MARAVILHoso DO MEIO-CAMPO
A meio-campo Carli Lloyd e suas Mercurials não tiveram de esperar tanto tempo para acabar com o nervosismo nacional e sentir o doce sabor da vitória. Em 5 de julho de 2015, Carli e a equipe dos Estados Unidos enfrentaram o Japão em Vancouver, numa reedição da final do torneio anterior (que havia sido vencida pelo Japão na cobrança de pênaltis). Desta vez, porém, não houve dúvidas ou pênaltis.
Carli decidiu a partida num intervalo de apenas 16 minutos, em que marcou três gols – o último deles resultado de um chute do meio-campo que pegou a goleira japonesa desprevenida. Assista aqui.
Passados 16 anos da inesquecível comemoração em que Brandi Chastain rasgou a camisa no Rose Bowl, na Califórnia, a seleção feminina dos Estados Unidos finalmente segurou o terceiro troféu de sua história (um recorde) e voltou ao olimpo do esporte.
E A LISTA vai longe
Ao longo de mais de duas décadas, a Nike Mercurial participou de vários momentos icônicos em todo o mundo. Ela estava nos pés de Clint Dempsey quando ele garantiu um improvável 2 X 0 contra a então imbatível Espanha, no dia 24 de junho de 2009, em Bloemfontein, na África do Sul. Estava nos pés de Eden Hazard no dia 2 de maio de 2016 quando ele marcou o gol de empate que acabou dando o título do campeonato inglês ao time azarão de Jamie Vardy. Estava nos pés de Alexis Sanchez quando ele fez a cavadinha que deu ao Chile a vitória no torneio mais importante da América do Sul, no dia 4 de julho de 2015, em Santiago – prolongando o jejum que castiga o futebol argentino. E estava nos pés do americano Christian Pulisic em 17 de abril de 2016, quando ele se tornou o mais jovem jogador estrangeiro a marcar um gol na prestigiosa liga alemã.
Na última década, na Europa, durante os mais importantes campeonatos nacionais do mundo, 110 gols foram marcados por jogadores que usavam a lendária Mercurial – 35 deles no torneio mais importante do continente, só em 2016 (o que faz dessa chuteira uma “artilheira” nessa competição). Na última temporada das maiores ligas europeias, foram mais de mil gols saídos de chutes dados com a Mercurial. A cada momento de glória, mais um jogador se sente inspirado a amarrar o cadarço de sua Mercurial e partir para o ataque, sonhando um dia se transformar num novo ícone.
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