“Não há na literatura em língua portuguesa conhecida nada que se pareça com 'A Batalha do Apocalipse'.”
José Louzeiro, escritor e roteirista
Sinopse - A Batalha do Apocalipse - Da Queda dos Anjos ao Crepúsculo do Mundo - Eduardo Spohr
Há muitos e muitos anos, há tantos anos quanto o número de estrelas no céu, o Paraíso Celeste foi palco de um terrível levante. Um grupo de anjos guerreiros, amantes da justiça e da liberdade, desafiou a tirania dos poderosos arcanjos, levantando armas contra seus opressores. Expulsos, os renegados foram forçados ao exílio, e condenados a vagar pelo mundo dos homens até o dia do Juízo Final.
Mas eis que chega o momento do Apocalipse, o tempo do ajuste de contas, o dia do despertar do Altíssimo. Único sobrevivente do expurgo, o líder dos renegados é convidado por Lúcifer, o Arcanjo Negro, a se juntar às suas legiões na batalha do Armagedon, o embate final entre o Céu e o Inferno, a guerra que decidirá não só o destino do mundo, mas o futuro do universo.
Das ruínas da Babilônia ao esplendor do Império Romano; das vastas planícies da China aos gelados castelos da Inglaterra medieval.
A Batalha do Apocalipse não é apenas uma viagem pela história humana, mas é também uma jornada de conhecimento, um épico empolgante, cheio de lutas heróicas, magia, romance e suspense.
AI VAI ALGUNS TRECHOS LEGAIS DO LIVRO PARA ANIMAR QUEM AINDA NÃO LÊU ESSA OBRA PRIMA...
Houve um tempo, muito anterior à aurora do universo, em que o infinito dividido em duas províncias, a província das trevas e a província da luz. A escuridão era então governada por uma divindade hedionda, Tehom, a deusa caos. Essa monstruosidade cósmica era assistida por diversos deuses menores, eles Behemot, o Horrendo, com sua lâmina negra, e controlava a maior parte do extenso vazio. Seu opositor era o deus da luz, o resplandecente Yahweh. determinada ocasião, Yahweh e Tehom entraram em guerra.
— Um só deus, contra muitos?
— Para ajudá-lo nesse combate, o Reluzente fez nascer os cinco arcanjos, seres de poder fabuloso, que lutaram a seu lado contra os deuses das trevas. Yahweh e seus arautos venceram o confronto, ao qual nos referimos como Baralhas Primevas, e lançaram ao inferno os cadáveres de seus inimigos. Com Tehom derrotada, o Pai Celestial assumiu as duas províncias, comandando tanto a luz quanto as trevas e consagrando-se onipotente sobre todas as coisas. Invencível, ele teve tempo para iniciar a criação do universo. Com um estalo, o Altíssimo deu vida aos anjos, todos de uma vez, povoando o espaço com as legiões celestes. Depois, produziu uma fagulha de luz e principiou a feitura do cosmo.
— E sobre Deus, o que sabe dele?
— Só sentimentos e energia. O Senhor nunca foi acessível, mesmo enquanto moldava o infinito. Só os arcanjos falavam com ele, e não creio que falassem muito. Yahweh era como um pai ocupado, um progenitor que dava muita importância ao seu trabalho. Mas podíamos senti-lo em nosso coração, e no fundo não estávamos sozinhos. Tolo é o filho que depende do pai, que se apoia em sua segurança e desiste de desbravar o mundo por si.
— E depois, o que aconteceu?
— Ao correr de bilhões de anos, o Criador cultivou seu labor, dividindo seu projeto em dias. Cada um desses dias sagrados corresponde a milhares de anos humanos. No primeiro dia ele criou o céu, o sol e os primeiros astros do firmamento. Construiu uma miríade de luas e planetas, até descobrir seu mundo perfeito. Por incontáveis séculos, a terra foi o lar dos animais, o canteiro dos anjos, até que, no fim do sexto dia, surgiram os homens, a maior de todas as obras de Deus. Encantado pelo resultado final, Yahweh deu a eles uma alma, concluindo a tarefa da criação. Então, exausto e realizado, o Reluzente caiu em letargo. Voou até o Sétimo Céu, a seu santuário no topo do monte Tsafon, e ali adormeceu, deixando aos arcanjos o serviço de governar em seu nome. Terminou assim o sexto dia, e começou o sétimo, que persiste até hoje....
No PRINCÍPIO, HAVIA O CÉU E A TERRA, as duas grandes dimensões de um universo bem jovem. Há muito tempo, antes da queda de Lúcifer, o inferno não existia, só a Gehenna, o purgatório das almas, uma das sete camadas celestes destinadas a abrigar o espírito dos pecadores. Esse lugar não era muito diferente do Sheol, para onde o Arcanjo Sombrio e seus seguidores foram lançados após o fracasso na guerra. Na Gehenna a Estrela da Manhã governou, até que fosse expulsa pelo arcanjo Miguel. Naqueles dias antigos, anteriores mesmo à conjuração, os anjos eram numerosos e fortes, e alguns por demais violentos. Antes do dilúvio, a civilização humana na terra era dominada por duas nações rivais: Enoque, a Bela Gigante, e Atlântida, a Pérola do Mar. Mas, apesar da majestade das grandes potências e de seus heróis inesquecíveis, sua influência não chegava a todos os rincões do planeta. Porções significativas continuavam independentes, e dezenas de milhares de tribos e clãs habitavam o mundo. Muitas aldeias não reconheciam a existência de um único Deus e veneravam suas próprias divindades locais. Essas divindades nada mais eram do que espíritos de grandes heróis que, adorados após a morte, se tornaram entidades poderosas, crescendo com a energia das preces de seus dedicados fiéis, A fim de permanecer em contato com seu séquito de adoradores, essas entidades preferiram não seguir para o paraíso, mas ficar na camada mais profunda do mundo espiritual, o chamado plano etéreo — daí se chamarem espíritos etéreos. Com o tempo, os espíritos etéreos, personificados sob a forma de divindades tribais, foram ampliando sua influência, à medida que seus cultistas se multiplicavam. Esse poder paralelo na esfera mística ameaçava a autoridade dos celestiais, que assistiam, aos poucos, à decadência de seu domínio sobrenatural sobre os seres humanos. Diante da situação, os arcanjos determinaram que os espíritos etéreos deveriam ser confrontados e destruídos. Iniciaram-se então as Guerras Etéreas...
Em pé, sobre a gigantesca mão da estátua do Cristo Redentor, o Anjo Renegado observava a cidade, à aproximação do crepúsculo. Sua expressão, inabalável e serena, era de alguém que muitas vidas vivera, de um andarilho que percorrera o mundo, desvendara seus infinitos mistérios, e enfrentara toda a sorte de criaturas, abissais e celestes. Mas era também o semblante de um pioneiro, que visitara nações já perdidas, e que se sentara à mesa com os grandes homens de outrora. Era como se, nas profundezas daqueles olhos cinzentos, estivesse gravada uma parte singela de cada civilização, de cada povo, de cada cultura ancestral e moderna – das torres resplandecentes de Atlântida às pirâmides da Babilônia; das cidades- estado gregas à majestade do Império Romano; das catedrais medievais às caravelas de Sagres; das campanhas napoleônicas ao horror nuclear. A história de toda uma espécie vivia agora na mente do fugitivo, um guerreiro de jovem aparência, tão preservado quanto os homens mortais no auge da casa dos trinta. Às vezes o lutador ficava imóvel por horas, em absoluto silêncio, meditando sobre seus amigos já mortos, de maneira a não olvidá-los jamais. Padecia de um único temor: o medo de esquecer – esquecer os seus ideais, o seu passado, e a sua luta incansável.
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