quarta-feira, 15 de dezembro de 2021

7 duras realidades que as pessoas inteligentes demais tem que conviver



Você se considera inteligente? Pois é, as pessoas inteligentes normalmente sabem que o são mas, não fazem questão de sair espalhando isso por aí. Pelo contrário, elas tendem a ser mais reclusas quanto ao seu “dom”. Alguns consideram essa atitude como falsa modéstia, o que nem sempre é verdade. O que acontece é justamente o contrário, como essas pessoas são inteligentes demais, elas tem dificuldade de lidar com outras com um pensamento “não tão rápido”, digamos assim.


Apesar de ser, pelo menos parece, muito bom ser inteligente demais, essas pessoas também sofrem. Muitas vezes com as coisas mais banais possíveis. Isso acontece porque elas não conseguem lidar bem com essas pequenas coisas. Caso você não conheça nenhuma pessoa assim, uma alternativa é assistir alguns seriados, como por exemplo The Big Bang Theory e observar o comportamento do personagem Sheldon. Um doutor em física que possui sérios problemas de convívio social. Outro seriado, pode ser, Scorpion, que conta uma série de personagens que possuem um QI mais elevado que a média das pessoas e tem muitas dificuldades em se relacionar socialmente, incluindo até uma especialista na área.


Por que será que esses problemas acontecem? Bem, de acordo com alguns pesquisadores da área, as pessoas com QI elevado, possuem a parte racional em trabalho muito mais intenso do que as outras, pensando mais rápido e calculando todos os fatores e resultados possíveis para determinada situação. Sendo assim, já preveem alguns acontecimentos que nós, reles mortais, não conseguiríamos prever nem em um milhão de anos.


Agora, para que não nos sintamos tão ruins, a redação da Fatos Desconhecidos selecionou uma lista com 7 duras realidades que só as pessoas inteligentes demais tem que conviver. Confira abaixo:


1. Crianças





Pessoas muito inteligentes possuem dificuldade em lidar com crianças, até mesmo quando são. A tendência é que sintam-se mais à vontade para brincarem sozinhas ou conversar com adultos, que as entendam. Na maioria das vezes, ficar sozinho será a melhor opção.


2. Escola








Se for durante o ensino fundamental, a criança vai ser sozinha, talvez com um amigo, no máximo. Caso seja mais para frente, provavelmente essa pessoa o “nerd” da sala, que os colegas só procuram para colar nas provas ou tirar sarro.


3. Família






Ninguém entende, festas de família e reuniões não são o programa favorito dessas pessoas. E é por isso mesmo que elas preferem ficar no quarto ou em qualquer cômodo da casa, que tenha ninguém, lendo um livro, por exemplo.


4. Sociabilidade








Caso seja impossível evitar a socialização, elas se veem obrigadas a conversar e ao tentaram mais uma frustração na vida terão. Além de acharem que as outras pessoas são um tanto quanto patéticas, os assuntos banais farão que elas saiam correndo, ou pelo menos queiram.



5. Trabalho





Serão eternos alvos dos colegas. A probabilidade de quererem derrubar essa pessoa é muito grande, principalmente porque conseguirá sucesso em sua área mais rápido que o normal.


6. Ideias







Tem ideias geniais que o resto do mundo acredita ser bizarro. Ainda bem que boa parte dessas pessoas não desistem, afinal de contas, como seria a tecnologia atual se pessoas como Bill Gates tivesse desistido no primeiro “não” que recebeu?


7. Compreensão





Por terem o pensamento, normalmente, acelerado, algumas pessoas podem não compreendê-las. Por exemplo, tentam contar uma situação que passaram mas a fala não acompanha o pensamento e a história acaba saindo sem nexo.



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sexta-feira, 10 de setembro de 2021

RECEITA: APETITOSO ESTILO JAPONÊS ”CARBONARA“

 


Estilo Japonês ”Carbonara“ .

 Você pode ter o estilo japonês ”Carbonara“ usando 7 ingredientes e 5 etapas. Aqui está como você cozinha isso.

Ingredientes do Estilo Japonês ”Carbonara“

  1. São 200 g de espaguete ou macarrão.
  2. Você precisa de 100 g de Bacon.
  3. É a quantidade de cogumelos que você deseja.
  4. Você precisa da quantidade de espinafre que quiser.
  5. É 1 colher de sopa de azeite.
  6. Prepare 100 ml de base de sopa.
  7. Prepare 100 ml de leite.

Estilo Japonês ”Carbonara“ passo a passo

  1. Corte o bacon, os cogumelos e o espinafre em pedaços pequenos.
  2. Ferva a água em uma panela e ferva o espaguete conforme indicado para fazer al dente (de modo que o miolo fique no centro).
  3. Aqueça o azeite em uma frigideira e frite o bacon e os cogumelos. Mexa ocasionalmente para evitar queimar.
  4. Assim que os ingredientes estiverem cozidos, adicione o espaguete cozido, a sopa à base e o leite e frite. Em seguida, adicione o espinafre e frite mais ..
  5. Quando a sopa baixar está pronta ..

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quarta-feira, 8 de setembro de 2021

Mais arte por favor - Viajando e colorindo

 







Uma forma adorável e colorida de ilustrar países ao redor do mundo.

Anna Cheberiak é designer gráfica e recentemente começou a trabalhar também como ilustradora. Dentre todas as suas peças, escolhi para o post de hoje as ilustrações dela em um diário de viagem. Eles consistem em destaques, de alguns dos países mais bonitos de nosso pequeno planeta azul. Além disso, há mais três desenhos, que têm algumas conotações de viagem, mas são de um estilo diferente dos outros, eles se inclinam mais para o lado da fantasia.

01-Australia-Anna-Cheberiak-Travel-Journal-Countries-Plus-Fantasy-Drawings-www-designstack-co
Australia.


02-Mexico-Anna-Cheberiak-Travel-Journal-Countries-Plus-Fantasy-Drawings-www-designstack-co
Mexico.

03-Norway-Anna-Cheberiak-Travel-Journal-Countries-Plus-Fantasy-Drawings-www-designstack-co
Norway.


04-Peru-Anna-Cheberiak-Travel-Journal-Countries-Plus-Fantasy-Drawings-www-designstack-co
Peru.


05-China-Anna-Cheberiak-Travel-Journal-Countries-Plus-Fantasy-Drawings-www-designstack-co
China.


06-Morocco-Anna-Cheberiak-Travel-Journal-Countries-Plus-Fantasy-Drawings-www-designstack-co
Morocco.


07-Canada-Anna-Cheberiak-Travel-Journal-Countries-Plus-Fantasy-Drawings-www-designstack-co
Canada.


08-Malta-Anna-Cheberiak-Travel-Journal-Countries-Plus-Fantasy-Drawings-www-designstack-co
Malta.


09-Fragrance-of-travel-Anna-Cheberiak-Travel-Journal-Countries-Plus-Fantasy-Drawings-www-designstack-co
Fragrance of travel.


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This sunset was observed on Indonesian island Gili Meno.
Press the Image to Enlarge it.

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Books can create the whole fantasy worlds for readers.

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sexta-feira, 23 de julho de 2021

filmes e reviews - O Uivo

 


O Uivo (2015, de Paul Hayett)

Howl ou na tradução literal Uivo é uma produção de baixo orçamento lançado em 2015 nos Estados Unidos . A trama é bem simples, se resume praticamente em um grupo de passageiros que estão fazendo uma viagem de trem, porém, inesperadamente a locomotiva quebra no meio do nada deixando os viajantes cercados por uma floresta sinistra a noite. Não demora muito para os passageiros perceberem que existe algo feroz e violento na floresta que esta caçando um por um dos passageiros. Agora os sobreviventes deverão se unir para permanecerem vivos até a ajuda chegar.
Sim, o filme não é nada original, mas pensando pelo lado positivo não é um carro que quebra do nada e sim um trem, então já é algo a ser ressaltado (nossa que grande novidade). Deixando a brincadeira de lado, apesar de o filme ter uma história simples ele ainda consegue ser bem eficiente (em sua maior parte). Pelo fato do longa ter uma duração curta o roteiro não perde tempo em nos apresentar superficialmente cada personagem, que aqui vão sendo desenvolvidos com o desenrolar dos acontecimentos e não só no primeiro ato, que é justamente o que acontece na maioria dos filmes com uma grande quantidade de personagens. É neste ponto que o longa acerta em cheio, pois, é quando o jogo de gato e rato começa é que começamos a conhecer melhor os personagens e a nos simpatizarmos com os mesmos.


O clima de suspense é muito eficiente e envolvente e o fato de os personagens estarem presos em um trem rodeado por uma floresta a noite e com uma criatura tentando matá-los já o suficiente para construir um bom ritmo de tensão. A trilha sonora neste ponto também ajuda muito. Para uma produção de baixo orçamento, a trilha sonora esta bem legal, frenética e eficiente.
Também é importante ressaltar a fotografia, pois, apesar do filme passar inteiramente de noite, a iluminação está perfeita e não estraga em nada na visualização das cenas, pelo contrário ajuda na construção das mesmas e a esconder alguns defeitos provocado pela falta de orçamento. As cenas que mostram o trem de cima, rodeado pelas árvores e iluminado pela lua cheia são belíssimas e dá a produção uma qualidade estética superior a outros filmes. A direção é bem ágil e envolvente. O diretor Paul Hayett já havia chamado a atenção com o excelente The Seasoning House de 2012 e apesar de Howl não ser tão bom quanto o seu primeiro filme, ele ainda acerta em boa parte do longa.




O elenco é composto por alguns rostos conhecidos como Ed Speleers (Eragon), Shauna Macdonald (Abismo do Medo 1 e 2), Elliot Cowan (Da Vinci’s Demmons) e Rosie Day (The Seasoning House). As atuações estão boas, mas, nenhuma destaca mais do que Shauna Macdonald, que está incrível e é um dos pontos mais positivos do filme. Gostei de o roteiro apresentar personagens mais comuns e próximos da realidade e não os típicos personagens estereotipados. Porém o roteiro peca em trazer situações idiotas, como quando um personagem decidi ir no meio da floresta sozinho para tentar ajudar uma pessoa, ou quando outro vai ao banheiro sozinho sabendo que tem um monstro tentando matá-lo. Enfim, são erros comuns nos filmes de terror e aqui não é diferente.
Os lobisomens estão bem caracterizados, a maioria dos efeitos são de maquiagem e em algumas cenas são acrescentados efeitos digitais mas, em uma análise geral eles estão bem feitos. Uma jogada legal da diretor foi a de não mostrar logo de cara o mostro, ele preferiu mostrar ele de relance e em partes, deixando o público curioso e apreensivo. As mortes estão legais, mas para quem estiver esperando tripas, dilacerações e mortes explícitas já vai se decepcionar, existem até algumas mortes mais violentas, porém a maioria é em ‘off-screen’.


A parte negativa do filme é o terceiro ato, que é muito corrido e meio que deixa a história toda sem uma conclusão decente. Um dos motivos para não gostar dele foi a grande quantidade personagens que ficaram vivos no final que não é ruim, mas, o fato do roteiro decidir eliminar eles de forma rápida e corrida, meio que deixou tudo sem o impacto e a emoção necessárias. Também achei a conclusão meio previsível, esperava algo diferente e que surpreendesse, mas, tudo terminou de forma trivial e sem muita ousadia.

Enfim, Howl é um bom filme para entreter, com certeza não é o melhor filme de lobisomem que já vi, mas ele funciona como um passatempo de qualidade. Recomendo.


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sexta-feira, 4 de junho de 2021

Filmes e Reviews - Sandman para leigos

 

QUAL É A HISTÓRIA DE SANDMAN? ENTENDA POR QUE LER UM MARCO DOS QUADRINHOS

Em breve, uma das histórias em quadrinhos mais aclamadas de todos os tempos será transformada em uma série da Netflix. Estamos falando de Sandman, a obra magistral de Neil Gaiman que conta mais sobre a vida de um dos Perpétuos, em uma jornada de vingança, redenção e contemplação. O quadrinho alcançou elogios da crítica, tanto na época quanto atualmente, sendo uma das poucas obra da Nona Arte a ganhar reputação literária tão forte quanto outros clássicos da literatura.

Originalmente, tudo não passava de um projeto de paixão do autor inglês, que estava tentando reimaginar um herói da Era de Ouro da DC Comics com um outro olhar. O sucesso foi tamanho que Sandman logo se tornou o pináculo de um selo adulto e de alta qualidade dentro da editora norte-americana, a Vertigo. Porém, caso você ainda esteja perdido nesse universo e em suas histórias, nós aqui explicamos por que Sandman é um clássico e por que você deveria ler!



A HQ original

No final da década de 80, Neil Gaiman estava fazendo uma entrada triunfal no mundo dos quadrinhos. Já tendo escrito para várias editoras, o escritor estava com um futuro garantido na DC Comics, onde já havia impressionado todos com obras como Orquídea Negra. Eis que veio a possibilidade de criar um novo título solo, e Gaiman tinha uma ideia ousada em mente. Ele queria fazer uma reformulação completa no Sandman, um herói clássico da Era de Ouro das HQs, que fez parte da Sociedade da Justiça. 

Esse primeiro Sandman era Wesley Dodds, um vigilante humano que induzia suas vítimas ao sono com uma arma de areia. Porém, Gaiman logo criou uma nova mitologia em cima desse conceito, dando origem a um novo Sandman – e foi assim que surgiu a HQ original que se tornou um marco para a DC Comics e para a Nona Arte, de forma geral. Aqui, Gaiman apresentou os Perpétuos, mas focou-se no Sonho (ou Morpheus), a encarnação do conceito onírico, uma espécie de “divindade” do mundo dos sonhos.

O título original foi publicado entre 1989 e 1996, além de ter ganhado alguns spin-offs e edições especiais. Até hoje, é justamente essa HQ que serve como base para todo o imaginário que as pessoas tem de Sandman, e será o ponto de partida da série da Netflix. Aqui, acompanhamos Morpheus em uma jornada etérea pelo mundo humano, reinos de magia, lugares além do tempo e o próprio inferno. Essencialmente, é a história de um deus que precisa descobrir seu lugar no mundo e assumir seu lado humano, enquanto os fantasmas de seu passado, presente e futuro o perseguem.

Os Perpétuos

Para entender a mitologia de Sandman, é preciso começar do começo e falar dos Perpétuos. Eles são sete irmãos que, na verdade, são personificações de conceitos básicos do universo. Todos eles possuem poderes incomensuráveis – além de serem imortais e não possuírem uma forma definida. Os Perpétuos agem em todo o universo e não apenas na Terra, viajando pelo mundo e trazendo consigo alguns dos aspectos mais fundamentais da existência.

É importante citar cada um deles para que possamos entender bem seu papel na saga e no universo de Sandman. E é por isso que iremos explicar de um por um:

Sonho

Morpheus é o Perpétuo mais “importante”, por ser o grande protagonista de Sandman. O personagem é o rei do Sonhar, um reino para onde todas as criaturas vão quando devaneiam, seja nos sonhos noturnos ou nos delírios diurnos. Ele é retratado como um homem alto e esguio, um tanto arrogante e rude. Quando a saga de Sandman começa, Morpheus se liberta após ter sido aprisionado por vários anos, e precisa reerguer seu reino abandonado.

Morte

Depois de Morpheus, a Morte é a segunda mais conhecida e adorada dos Perpétuos. Ela é a personificação do fim, das despedidas e dos encerramentos. Ao longo da saga, ela aparece fazendo a “transição” das almas que vão do reino dos vivos para o mundo dos mortos. E apesar de seu trabalho sórdido, a Morte é uma figura cheia de vida e emoção, que está sempre sorrindo e sendo gentil com todos. Ela é uma figura bem importante ao longo da história, e é dito que só deixará de existir após o fim do universo.

Destino

Destino caminha por seu jardim, sempre segurando um livro preso a ele por correntes. Nele, está toda a história que já aconteceu e que acontecerá. Ele sabe de todos os acontecimentos do universo, mas não pode interferir neles, já que isso vai contra sua própria natureza. Ele é o mais velho dos Perpétuos e adota um comportamento soturno, sempre quieto e rígido em suas decisões.

Desejo

Tanto masculino quanto feminina, Desejo é a personificação de todas as vontades de mortais e imortais. Essa figura é capaz de provocar os instintos mais selvagens nas pessoas, e possui uma certa crueldade inerente – que na verdade, não passa da mais pura curiosidade em alcançar todos os limites possíveis. Desejo nutre uma rivalidade com Sonho e fica claro que os dois não se dão muito bem.

Desespero

Irmã gêmea de Desejo, Desespero é retratada como uma mulher obesa, de pele acinzentada e dentes serrilhados, que sempre anda nua. Ela representa a mais completa desolação e desesperança da humanidade – e embora tenha um papel tão árduo a desempenhar, reage com certa naturalidade e indiferença a todas as coisas ruins que já viu e causou. É dito que a versão que conhecemos aqui é a segunda encarnação de Desespero, e que houve uma anterior que já morreu.

Delirium

Sonhadora e inconstante, Delirium é a mais jovem dos Perpétuos. Ela carrega em si um espírito caótico e exagerado – representando toda sua instabilidade mental. Ela se perde em suas frases, não consegue seguir uma linha única de raciocínio e está sempre entrando em grandes peripécias sem perceber. É dito que ela já foi chamada de Deleite – e que supostamente era mais “controlada” – mas algum evento inexplicado fez com que ela se tornasse a doce e insana Delirium.

Destruição

De muitas formas, Destruição é uma das figuras mais emblemáticas dos Perpétuos. Conhecido como a encarnação das ruínas e das guerras, ele é retratado como um homem forte e musculoso. Porém, quando a história de Sandman começa, descobrimos que Destruição se afastou de seus irmãos há muito tempo e renegou suas responsabilidades de agente da entropia. Ele é visto como um homem firme, mas gentil, que tem muito apreço pela arte e pela criação, por mais que não tenha talento nessas áreas.

A trama de Sandman

Conforme já citado anteriormente, Sandman começa quando Morpheus se liberta após anos de cárcere. Nós logo descobrimos que o Perpétuo foi aprisionado por um mago ambicioso que pretendia capturar a Morte, usando seus dons para benefício próprio. Nesse período em que Sonho esteve nos domínios do feiticeiro, o Sonhar colapsou, de modo que muitos de seus habitantes “fugiram” para o mundo real.

Quando a trama começa, Morpheus é uma figura cheia de sentimentos vingativos e muita arrogância – algo que aos poucos vai sendo desenvolvido e subvertido. Ao longo de seus encontros com mortais, demônios e outras entidades, o personagem passa por uma grande transformação e percebe sua própria humanidade, tornando-se uma figura cada vez mais contemplativa.

Para quem espera uma história contínua e linear, talvez Sandman não seja uma boa escolha, uma vez que temos várias pausas, devaneios e respiros para entender mais dessa mitologia e desses personagens. É uma história que constantemente se prova desafiadora, conforme viajamos não apenas junto de Sonho, mas também conhecemos novos personagens e figuras que vivem suas vidas dentro do paradigma desse mundo.

Contudo, mesmo enquanto passamos por arcos mais surreais e líricos, ainda temos um desenvolvimento da figura de Morpheus e sua transformação complexa com o passar dos anos. Sem querer dar muitos spoilers, a saga termina de uma forma brusca e devastadora, quando o nosso protagonista percebe que precisa passar por um encerramento para que possa, finalmente, seguir em frente.

Arcos de histórias

Ao todo, os 75 volumes originais de Sandman são divididos em dez arcos de histórias, cada um bem fechado dentro de si e mostrando um pouco do desenvolvimento complexo de Sonho. É importante ressaltar que, por se passar no Universo DC, a saga apresenta participações especiais e easter-eggs de outros heróis e personagens da editora, ainda que a história flua sem grandes crossovers e eventos – num geral, você pode mergulhar no mundo da HQ sem ter que conhecer com profundidade as histórias da DC Comics.

Abaixo, reunimos os dez arcos de histórias (lembrando que eles acabaram de ser republicados pela Panini Comics no Brasil, em formato de encadernados econômicos):

  1. Prelúdios & Noturnos – O primeiro arco de Sandman nos oferece uma apresentação para Morpheus e suas aventuras. Após passar anos aprisionado, o Senhor do Sonhar precisa partir em uma jornada em busca de itens importantes, enquanto se vinga de quem o manteve encarcerado.
  2. Casa de Bonecas – Rose Walker é uma jovem com uma vida normal, até que tudo é colocado de cabeça para baixo com alguns eventos surreais e absurdos. Enquanto isso, Morpheus tenta reestruturar seu Reino e precisa caçar uma de suas invenções foragidas: o Coríntio.
  3. Terra dos Sonhos – Um compilado de diversas histórias envolvendo Morpheus ao longo dos anos, Terra dos Sonhos nos fornece uma nova perspectiva sobre o Senhor do Sonhar e seu papel entre os Perpétuos, ao mesmo tempo em que revela alguns segredos que ele gostaria de esconder.
  4. Estação das Brumas – Lúcifer decide abandonar o inferno e partir para uma nova vida na Terra. Ele dá as chaves de seu reino de fogo e enxofre para Morpheus e confia ao Perpétuo a tarefa de encontrar um novo dono para o lugar. É um dos arcos mais aclamados, que expande a mitologia e o cosmos da saga.
  5. Um Jogo de Você – O Sonhar está se fragmentando, e os limites entre esse reino surreal e o mundo real estão cada vez mais tênues. Isso acaba arrastando alguns personagens improváveis por uma jornada aterradora, e é aí que Morpheus precisa intervir.
  6. Fábulas e Reflexões – Assim como Terra dos Sonhos, o sexto volume é mais uma antologia de histórias que envolvem o Sonho e suas várias vidas. Aqui, nove sonhadores compartilham seus próprios contos sobre medo, amor, paixão e poder.
  7. Vidas Breves – Um arco centrado justamente na efemeridade da vida, o sétimo volume mostra Morpheus e Delirium partindo em busca de seu irmão perdido, Destruição. Ao mesmo tempo, uma figura importante do passado de Sonho retorna – e isso trará consequências severas para o Perpétuo.
  8. Fim dos Mundos – Perdidos nas estradas da história, passageiros errantes encontram a fabulosa e mitológica Hospedaria do Fim dos Mundos. Lá, eles encontram mais que o conforto: também descobrem novas histórias e como o poder da narrativa pode afetar suas próprias vidas.
  9. Entes Queridos – O grande clímax que Sandman preparou cautelosamente ao longo de várias edições, Entes Queridos mostra Morpheus tendo que lidar com as consequências de suas ações e como isso afeta diretamente seu reino, o Sonhar.
  10. O Despertar – O décimo volume da saga serve mais como um epílogo inchado que como uma história única. Após os eventos cataclísmicos abordados nos nove volumes anteriores, um novo Senhor do Sonhar surge. Um funeral é preparado. E os Perpétuos nunca mais serão os mesmos.

Esses são os dez volumes de Sandman. Embora a leitura fuja do padrão linear e tenha vários desvios no percurso, é recomendado que os arcos sejam lidos em ordem cronológica, pois ajudam a construir toda a jornada de Morpheus de forma muito sutil e complexa.

Outros quadrinhos importantes

Embora a produção de Neil Gaiman para a saga tenha se concentrado nas 75 edições principais, o autor chegou a preparar alguns conteúdos extras que são extremamente importantes para os fãs que querem ter um conhecimento maior a respeito da saga. Em especial, três obras se destacam e precisam ser mencionadas.

Noites Sem Fim

Publicada em 2003, Noites Sem Fim é uma graphic novel que expande um pouco da mitologia dos Perpétuos, já que conta com várias histórias – cada uma centrada em um dos membros dessa família. O quadrinho foi escrito por Gaiman, mas cada história é ilustrada por um diferente artista, o que cria um experimento visual complexo e mostra mais da personalidade de cada um dos Perpétuos.

Mais do que isso, a graphic novel também mostra encontros entre mortais e essas divindades, ajudando a criar um senso maior do papel dos Perpétuos no universo. De todas as citadas, é a obra mais importante para quem quer de fato mergulhar no mundo de Sandman, justamente por oferecer um panorama muito vasto dos personagens que são apresentados nos quadrinhos.

Os Caçadores de Sonhos

Lançada originalmente em 1999, Os Caçadores de Sonhos é uma das obras mais peculiares dentro do universo de Sandman. Basicamente, era uma noveleta escrita por Neil Gaiman e ilustrada por Yoshitaka Amano, que por sua vez contava a história de um monge que se apaixona por um espírito de raposa, uma figura comum do folclore japonês.

O arco é bem envolvente e mostra a inserção de elementos de Sandman aos poucos. Em 2007, para celebrar os 20 anos desde a criação da HQ original, a DC Comics anunciou uma versão em quadrinhos de Os Caçadores de Sonhos, com ilustrações feitas por P. Craig Russell. Essa adaptação foi lançada como uma minissérie em quatro edições, que foram lançadas entre o fim de 2008 e o começo de 2009.

Sandman: Prelúdio

Aqui temos uma das obras mais controversas e complexas dentro da mitologia de Sandman. O Prelúdio foi uma história escrita por Neil Gaiman e concebida há muitos anos. Apesar do nome, é preciso ler a história ao fim da leitura das setenta e cinco edições originais da saga, já que contém grandes spoilers para a narrativa. Basicamente, é uma trama que conecta todas as pontas soltas deixadas pelo quadrinho original.

O grande destaque aqui fica para a arte de J.H. Williams III, já que ele se apropria de um estilo ainda mais surreal e fantástico, onde toda a realidade é distorcida nessa busca incansável de Morpheus. O quadrinho foi publicado em formato de minissérie entre 2013 e 2015, e oferece uma conclusão apoteótica para tudo o que Sandman havia aberto ao longo dos dez volumes originais.

O Universo de Sandman

Para celebrar o aniversário de 30 anos de Sandman, a DC Comics e a Vertigo (que depois foi reformulada como o selo DC Black Label) anunciaram o lançamento de uma nova iniciativa editorial, O Universo de Sandman. Trata-se de um núcleo de histórias publicado pela DC que lida direta ou indiretamente com personagens que fazem parte da mitologia de Sandman – portanto, é um núcleo mais adulto e esotérico de quadrinhos.

Originalmente, foram lançados quatro títulos dentro do Universo de Sandman, sendo eles: O Sonhar (que segue as aventuras do novo Senhor do Sonhar, apresentado ao fim da saga original de Gaiman), Lúcifer (focado no Diabo da DC Comics), Livros da Magia (que segue Tim Hunter em uma nova série de aventuras), fechando como A Casa dos Sussurros (a trama mais surreal e imaginativa dentro dessa iniciativa).

Os quadrinhos não eram escritos por Neil Gaiman, mas contaram com o escritor no papel de supervisor principal, dando as diretrizes para como as histórias deviam progredir e se conectar na construção da mitologia de Sandman. Posteriormente, novas HQs foram anunciadas, como um título dedicado a John Constantine, Hellblazer – de volta às origens mais adultas do personagem – e The Dreaming: Waking Hours, uma continuação de O Sonhar. 

Esses quadrinhos estão sendo publicados atualmente pela Panini Comics no Brasil. Lá fora, parece que a iniciativa está em fase de estagnação, uma vez que o único quadrinho publicado é um crossover com a IDW e que traz alguns personagens e tramas de Locke & Key, a série de HQs escrita por Joe Hill. Ainda não temos anúncios sobre novos títulos e publicações além disso.

Adaptação da Netflix

Como muitos já sabem, Sandman será adaptado pela Netflix, em uma produção vigiada de perto por Neil Gaiman – que não apenas é consultor dos roteiros, como também é um dos produtores executivos. Trata-se de uma cocriação da DC Entertainment e da Warner Bros. Television, mas que será exibida com exclusividade pela plataforma digital e, portanto, pode não ter conexão com outras franquias da DC, como o Universo Estendido da DC e o Arrowverse.

A série está sendo desenvolvida por Allan Heinberg, que atuará como showrunner da primeira temporada – que, por sua vez, começou a ser gravada em outubro do ano passado. Ainda não sabemos com exatidão qual será a data de lançamento do projeto, mas estima-se que a série esteja entre nós por volta do último bimestre de 2021 e o começo de 2022.

De acordo com o que já foi anunciado, a primeira temporada terá onze episódios e deve adaptar os dois primeiros arcos de histórias da saga de Gaiman – ou seja, Prelúdios & Noturnos Casa de Bonecas. Toda a trama vai ser atualizada para os dias contemporâneos, com Morpheus tendo passado 105 anos no cárcere (diferente dos 70 anos da HQ original). Dessa vez, ele despertará em 2021, pronto para se vingar e retornar ao seu reino.

No elenco, teremos grandes nomes da TV britânica. Tom Sturridge assume o papel de Morpheus, enquanto outros nomes importantes do elenco incluem Kirby Howell-Baptiste (Morte), Gwendoline Christie (Lúcifer), Boyd Holbrook (Coríntio), Jenna Coleman (Johanna Constantine), Mason Alexander Park (Desejo) e Donna Preston (Desespero).


originalmente publicado por: https://www.legiaodosherois.com.br/2021/sandman-por-que-ler-importancia.html

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