quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

Neffos C5 - comprei e me amarrei




A TP-Link, conhecida por seus dispositivos de rede, como roteadores e repetidores Wi-Fi, entrou no segmento de smartphones ano passado no Brasil. Confesso que me surpreendi mesmo com o preço do aparelho, nada mais nada menos que R$500! por um smartphone que não deve nada para os seus concorrentes...ou será que deve?


ele é um intermediário simples, sem muitos destaques, mas que se propõe a ser isso, um smartphone com specs padrão, por um preço mais baixo e competência para lidar com o uso básico do dia a dia

O celular tem 2 GB de memória RAM e uma memória interna de 16 GB, podendo ser expandida para até 32 GB.

A favor:

  • Custo x benefício interessante;
  • Design prático, bonito e simples;
  • Duração interessante de bateria.

Contra:

  • Processamento é para uso leve a médio;
  • Sistema precisa de alguns ajustes;

Tela

Não há novidades ou destaques na tela, sua vantagem é ser grandinha em um aparelho mais barato. Também é uma boa notícia o fato de ser uma IPS, que tem boa visibilidade em ângulos maiores, sendo melhor do que uma TFT, que ainda aprece em alguns aparelhos por aí e pode ser antiga.
Essa tem 5 polegadas e cores equilibradas, além de definição HD de 1280 x 720 pixels com uma densidade de 294 ppi. Não é impossível enxergar os pixels, mas faz um bom trabalho na acuidade, sendo bem competente. Seu brilho máximo é bom em interiores, mas pode incomodar um pouco ao sol.
É um vidro Asahi Dragontrail, resistente a riscos e quebras. Também tem uma película na caixa, para já deixar protegido logo que se compra um. Há uma mínima moldurinha do friso prata que também vai evitar acidentes básicos. É um vidro macio e fácil, com proteção oleofóbica, não tive problemas de navegação.
O teclado é o oficial da Google, então é altamente personalizável e tem diversos ajustes para corrigir textos e tornar a escrita mais fácil. Dá para escrever até por arrasto em cima das letras e colocar emoticons mais à disposição.
A moldura ao redor não é muito pequena, e isso ajuda a ter menos erros de escrita, porque você não encosta sem querer na tela. Por ser estreito, dá até para escrever com uma só mão, ainda mais por arrasto. No geral, consegui escrever rápido e com boa ajuda dos corretores.

Hardware e processamento

Pegando pelo seu preço, não é de se esperar nenhum foguete, mas a TP-LINK surpreendeu por trazer um smartphone que entra nas especificações básicas decentes de um intermediário. Temos um chipset MediaTek MT6735, CPU Quad Core 1.3 GHz Cortex-A53 64-bit, GPU Mali-T720 450MH e 2GB de RAM.
HARDWARE
Chipset MediaTek MT6735
CPU Quad Core 1.3 GHz Cortex-A53 64-bit
GPU Mali-T720 450MHz
2GB de RAM
BENCHMARKS
AnTuTu: 31899
Geekbench: 622/1849
Vellamo: 2577 (Chrome) / 2405 (Internet) / 2256 (WebView)
PCMARK: 3685
Epic Citadel: 58.3 AP, 58 AQ, 39.3 UAQ
3DMark: 5857 IS, 4963 UN, 3170 EXT, 125 SS
É quase a mesma especificação do Quantum GO, com um chipset e CPU diferentes, tá interessante. Mas esse processamento leva ao uso básico, não se esqueça. Não temos um aparelho ruim, de entrada, mas não abuse das tarefas.
No jogo Disney Crossy Road, por exemplo, ele deu suas tropeçadas, mas dá para jogar. É um jogo exigente, e você vai se dar melhor com coisas mais leves, como Sonic Dash 2. Testei também com o Asphalt 8 e foi 90%, joguei com os gráficos no máximo com mínimos tropeços, gostei.
Sua multitarefa é melhor com apps mais leves, como email, até um WhatsApp, não muito boa em jogos e navegadores. Mas não tem problemas em tarefas do dia a dia.
Suas conexões são as suficientes para um bom uso diário, com Wi-Fi 802.11 b/g/n (surpreende não ser dual band, sendo um TP-LINK), WiFi Direct, WiFi Hotspot, Bluetooth 4.0 com LE, GPS com A-GPS e GLONASS e USB 2.0. Ou seja, abrange tudo o que você precisa fazer em um dia normal.
Nos sensores ele é básico também, com acelerômetro, proximidade, bússola, luminosidade, orientação e magnetômetro. Para os dados ele é bacana: além de ser 4G — um 4G com bom preço — é dual SIM, dual stand by e dual 4G. Isso significa que os dois chips ficam alertas para uso, mas quando um está sendo usado, o outro fica desligado.
Mas o dual 4G significa que os dois slots aceitam 4G. Não funcionam os dois ao mesmo tempo em 4G — um fica em 2G — , mas você pode alternar essa conexão entre um e outro. Geralmente, o segundo slot é só 2G.

Sistema operacional e usabilidade

Não sendo uma empresa grande (e às vezes nem assim), não era esperado um Android muito recente, e por isso temos aqui o Lollipop 5.1, que já é um pouco antigo. As informações oficiais da TP-LINK é de que não há previsão para updates. Pode acontecer, mas por enquanto não há planos.

Câmera

Mais uma vez, configurações padrão. A câmera traseira tem sensor de 8 megapixels, abertura de 2.0, foco automático e por toque, flash de LED duplo, HDR e detecção facial e por sorriso. Senti falta apenas da geolocalização.
É uma câmera razoável para sua faixa de preço, trouxe qualidade de um aparelho de entrada. A melhor dica que eu dou é para não usarem o modo inteligente, e sim o normal. Isso porque o inteligente deixou as fotos com uma gradação de cor estranha, parecia que tinha um filtro dos anos 80 aplicado.
No modo normal, fica bem melhor, paisagens com boa luz e bons detalhes. Em imagens em baixa luz a granulação foi baixa, embora a nitidez acabe se perdendo em algumas ocasiões.

Galeria de fotos

O flash duplo é potente e precisa saber ser usado para não estourar as imagens. Quando não estoura, fica ótimo. Tirei fotos muito boas em internas com sol batendo forte, com detalhes e luzes muito interessantes. É uma câmera de lua, vai depender da condição certa para fazer as melhores capturas.
O contraste foi razoável, assim como o zoom, que ficou com baixa acuidade. O macro é mais decente, embora granule ligeiramente. Retratos ficaram sem muitos detalhes de pele, mas às vezes é isso o que queremos. Vai servir bem para redes sociais e mensageiros como WhatsApp.
O vídeo, feito em Full HD, infelizmente é em 3gp, uma compressão inferior. Isso faz com que a imagem fique em camadas em baixa luz. A captação de áudio é meio baixa, mas é uma lente luminosa e embora o foco automático seja meio lento, pelo menos temos ele. Vai servir para registros do dia a dia.
A câmera frontal tem 5 megapixels, abertura de 2.2, vídeo em SD e dois modos muito legais de captura, além do modo beleza: captura por sorriso e por gesto, quando fazemos um V com os dedos (tem também na câmera traseira). Funcionaram bem. Foram capturas interessantes, pena que um pouco pequenas, mas ainda legais para redes sociais.
A interface é simples. De um lado, botão de acesso a filtros (7 no total, estilo Instagram), seletor de foto ou vídeo, botão de captura e acesso à galeria. Junto a eles há um botão de flash, de modo (inteligente, normal, paisagem, comida, beleza, HDR e panorama) e o de virar a câmera.
Arrastando o dedo de fora para dentro encontramos um menu onde se ajusta marcador de hora, temporizador, modo de captura, som, foco forçado, tamanho da imagem, entre outros. Há poucas mas suficiente opções.

Som e mídia

O som externo não é super alto, mas gostei do volume, é alto. A saída de som na traseira possui dois minúsculos pezinhos para evitar que o som fique totalmente abafado, e tenha ajuda da reverberação da superfície em que está.
Por não ser mega alto, não estoura em volume máximo, e até que não caiu demais para os agudos. É um som decente, em parte por causa dos ajustes de reforço de som. Um deles é o BesSurround, o outro é o BesLoudness. Ambos ajudaram a melhorar esse áudio.
Já com os fones de ouvido, fica melhor sem o ajuste para ele, o BesAudEnh. Com esse, fica um som muito abafado. No geral, é um áudio de bom volume, com estéreo legal, mas não tem amplitude e clareza muito bons, ficando meio abafadinho mesmo com o ajuste desligado. Os fones são as antenas do Rádio FM.
Para vídeos, a tela tem um tamanho bem confortável, e a tecnologia IPS ajuda nos ângulos. Com 5 polegadas dá para ver vídeos e jogar bem, só tem que segurar certinho para não tampar a saída de som, mesmo que isso seja meio difícil.

Bateria e armazenamento

A carga da bateria é algo perigoso, pois são apenas 2200 mAh, coisa de Moto G de gerações anteriores. Ainda assim, como o processamento e a tela não exigem tanto, tive números legais aqui. No app PCMark, que simula diversos usos para a bateria, foram 7h10.
No uso normal do dia a dia, tanto com WiFi como em 4G, cheguei a uma média de 14 horas, um número bem suficiente para você ficar fora de casa o dia todo e só recarregar quando vai dormir. Nesse uso as conexões ficaram ligadas sempre e joguei, ouvi música por streaming, conversei no WhatsApp, usei o Snapchat, entre outros, em uso moderado.
Para recarregar, ele não é muito veloz, você coloca na tomada e esquece. Foram apenas 10% em 15 minutos, 20% em 30, 40% em uma hora e toda a carga em duas horas.
O armazenamento não é de 8GB, e isso já é motivo de comemoração. São 16GB no total, dos quais 8,3GB estão disponíveis para você instalar seus apps preferidos. Se tivessem menos apps do sistema, teria mais espaço.
Mas o legal é que ele também tem slot para cartão microSD, e apesar de os dados oficiais informarem que ele aguenta até 32GB, testei com sucesso um cartão de 128GB. Assim, dá e sobra, mesmo com o de 32GB, para você levar consigo seus arquivos pessoais e mídias. Pena que não dá para instalar uma parte dos apps nos cartões.

Conclusão

No geral, o Neffos C5 não tem nenhum defeito que o deixe incomprável. Você apenas precisa lembrar que ele é um intermediário de entrada, praticamente. E antes de reclamar do preço, lembre-se do fim da Lei do Bem e do dólar alto.
Ele é totalmente fabricado na China, mas a garantia é direta da TP-LINK, de 12 meses para o aparelho e 6 para a bateria. Se o seu aparelho der um problema que caiba na garantia, a TP-LINK não conserta, te dá um aparelho novo.
Seu sistema precisa de mais alguns ajustes, e alguns updates menores estão saindo aos poucos. Infelizmente, ainda não há previsão para um update do Android, mas com a chegada do próximo aparelho da linha no Brasil, o C5 Max, talvez o Marshmallow chegue.
É legal o fato de ter 2GB de RAM, aguentar SD de 128GB e também de ser dual 4G, além de ter tido uma duração legal de bateria. Ou seja, ele tem seus prós e contras, com prós que trazem um sorriso no canto da boca.
É um bom aparelho para quem busca o seu primeiro, para quem não precisa de processamento monstro e só quer uns joguinhos casuais, ligações, emails e muito WhatsApp. Taí um aparelho simples para trabalhar. Não espere milagres com jogos exigentes.

fonte: eutestei.info
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Dicas do Capitão - Spawn: série animada - senta e assista já


Quem tinha o canal a cabo HBO no final dos anos 1990 teve a satisfação de assistir ao seriado animado de Spawn, o melhor trabalho já feito com o personagem.

O desenho causou controvérsias na época de seu lançamento graças ao seu teor pesado, abordando temas como violência, sexo, drogas e satanismo. Entre os personagens presentes na animação estão Violador, Tony Twist e Billy Kincaid. Na dublagem original constam nomes conhecidos como Eric Roberts e Jennifer Jason Leigh. O criador do personagem, Todd McFarlane, faz o papel de “anfitrião”, apresentando os episódios.







Spawn é o personagem de maior sucesso da Image Comics, criado por Todd McFarlane. Ele era Al Simmons, soldado governamental que após sua morte vendeu sua alma ao demônio Malebólgia, para poder reencontrar sua esposa. É claro que Simmons foi trapaceado, retornando à Terra anos depois para encontrar sua esposa casada com seu melhor amigo. Em seu novo corpo, dotado de diversos poderes e uma capa viva, ele se torna Spawn, um soldado do Inferno, vivendo no fogo cruzado da disputa entre Céu e Inferno, destinado a ter um grande papel no conflito.



Quem ainda não viu o soldado infernal em ação e quer assisitir uma boa dose de ação, mistério, terror e um conteúdo bem adulto, sugiro que não perca tempo e comece a assistir os episódios agora mesmo...



Spawn Série animada - Parte 1



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quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

Sereias - Alice Eve


Alice Sophia Eve, O seu principal motivo para ir assistir ou reassistir Star Trek Além da Escuridão e Ela é demais para mim ( Para o cara do filme, o seu capitão sempre é bem afurtunado com as mulheres XD) 😄

Primeiros anos

Alice nasceu em Londres e é filha dos atores Trevor Eve e Sharon Maughan. Tem dois irmãos mais novos, Jack e George. Quando era criança mudou-se para Los Angeles durante alguns anos enquanto o seu pai tentava encontrar trabalho no mercado americano. A família regressou ao Reino Unido quando Alice tinha 13 anos.
Eve estudou na Beadles School e realizou os exames de acesso à universidade (os A-Levels) na Westminster School em Londres. Durante o seu "gap year", estudou representação na Beverly Hills Playhouse. Quando regressou ao Reino Unido, ingressou na St. Catherine's College da Universidade de Oxford, onde estudou Inglês. Enquanto estudava em Oxford, Alice participou em várias peças organizadas pelos estudantes daquela universidade, incluindo The Importance of Being Earnest, Animal Crackers (que foi apresentada no Festival Fringe de Edimburgo), Scenes from an Execution e The Colour of Justice[1].


Carreira

Alice participou nas séries dramáticas The Rotters' Club, transmitida pelo canal BBC, num episódio de Agatha Christie's Poirot e no tele-filme Hawking, protagonizado por Benedict Cumberbatch.
Em 2004 fez a sua estreia no cinema com o filme Stage Beauty. Em 2006 participou em dois filmes de comédia, Starter for 10, com James McAvoy e Benedict Cumberbatch e Big Nothing com Simon Pegg. Alice passou o início desse ano na Índia a filmar a mini-série Losing Gemma, um drama sobre backpackers.
Alice possui alguns trabalhos no teatro. Em 2006 interpretou o papel de jovem Esme na peça original Rock 'n' Roll, de Tom Stoppard no Royal Court Theatre. No ano seguinte voltou a interpretar esse papel quando a peça foi transferida para a Broadway em Nova Iorque. O papel valeu-lhe uma nomeação na categoria de Melhor Atriz Secundária nos prémios do site Whatsonstage.com. Em 2009 interpretou o papel de Roxanne numa produção de Cyrano de Bergerac no Chichester Festival Theatre.

Em 2010, Alice foi uma das protagonistas da comédia romântica She's Out of My League. Os atores que interpretam os seus pais neste filme são os seus pais na vida real. No mesmo ano teve um papel secundário no filme Sex and the City 2. Em 2011, interpretou Sophia, uma jornalista e interesse amoroso da personagem de Vincent Chase na oitava temporada da série Entourage do canal HBO. Em 2015 retomou o papel para uma pequena participação no filme baseado na série.
Em 2012 foi uma das protagonistas de The Raven com John Cusack. O filme conta uma versão fantasiosa dos últimos dias de vida de Edgar Allan Poe, retirando vários elementos dos contos do autor. No mesmo ano participou em Men in Black 3 no papel de Jovem Agente O. Em 2013 interpretou o papel de Dra. Carol Marcus em Star Trek: Into Darkness. Ainda nesse ano, participou no Consumer Electronics Show e no videoclip "Queenie Eye" de Paul McCartney.
Em 2014 teve uma pequena participação no filme Night at the Museum: Secret of the Tomb, onde fez de ela própria. Em 2015 estreou o filme Before We Go, a estreia na realização de Chris Evans que protagoniza.

Vida pessoal

Alice vive entre Lonres e Los Angeles. Tem heterocromia: o seu olho esquerdo é azul e o direito é verde. Teve uma relação com o namorado de longa data, o poeta Adam O'Riordan, de quem está separada desde julho de 2012 .
Em 14 de agosto de 2014, Alice anunciou o seu noivado com o namorado do liceu, o financeiro Alex Cowper-Smith que conheceu quando os dois frequentavam a Westminster School. O casamento ocorreu no dia 31 de dezembro de 2014.





filmes principais...
















Além da Escuridão: Star Trek














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sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

Especial - A mentalidade do dragão parte final




Bruce nunca se absteve da prática de exercícios. Amigos testemunham que jamais o viram el lazer; estava sempre fazendo algo, trabalhando alguma parte do corpo, buscando métodos de treinamento cada vez mais sofisticados e exaustivos. Mesmo conversando, jantando ou vendo TV, ele estava se exercitando, pressionando uma das mãos contra a beira da mesa ou flexionando os músculos da coxa. Linda Lee, sua esposa, conta quão freqüentemente o encontrava com um livro numa das mãos, lendo … e um haltere na outra ! Mesmo estudando estava exercitando algum músculo. Conta como, muitas vezes, ele interrompia de repente a mais interessante conversa para rabiscar um novo tipo de exercício que houvesse cruzado sua mente. 

James Coburn relata que, em certa ocasião, viajando num vôo com Lee, este alternadamente socava um coxim com um e outro punho. Depois de certo tempo, Coburn já irritado queixou-se … - “Sinto muito, exclamou Lee, mas tenho que me manter em forma”. 




De todos os exercícios “naturais”, isto é, os que não requerem equipamento ou técnica especial, que Lee empregava provavelmente os mais exaustivos eram os exercícios isométricos. Exercício isométrico é todo aquele através do qual os músculos são trabalhados por se oporem contra um objeto imóvel - como uma parede. Lee ficava uma hora empurrando um gradil como o dorso mão ! 

Para se ter uma idéia de quanta tensão isso pode causar nos músculos do braço, tente ficar em frente a uma parede, com o corpo perfeitamente ereto e empurre-a com o dorso das mãos. Mantenha-se assim durante uns três ou quatro minutos. 

Depois recue um passo e deixe os braços caírem, soltos … eles se movimentarão para cima sozinhos. Agora tente fazer isso durante uma hora !

Lee usava exercícios isométricos para desenvolver muitos músculos de seu corpo. Um meio efetivo de fazer pressão em tantos músculos quanto possível, num único exercício, era o uso que fazia da barra isométrica que ele mesmo aperfeiçoou em seu ginásio. Era uma barra de metal acolchoada no meio, que podia ser colocada em qualquer altura entre duas peças verticais de sua armação. Colocada usualmente na altura exata do ombro, Lee ficava sob ela, tendo os ombros e o dorso do pescoço contra a parte acolchoada e então a empurrava para cima. Assim, os músculos da panturrilha, coxa e estômago eram trabalhados. E colocando as mãos nos lados da parte acolchoada, sempre empurrando a barra para cima, os músculos dos braços também eram trabalhados. 

Lee se referia às suas mãos e pés, braços e pernas como instrumentos do ofício e conseqüentemente faria de tudo para mantê-los afiados dentro de primorosa forma. 

Bruce usava muito a bicicleta ergométrica para desenvolver resistência cardiovascular e o poder de suas fabulosas pernas, pedalando a toda velocidade uns 60 Km por hora durante 45 minutos. 

Pulava corda com um ou dois pés, alternando-os, ou sobre um pé mantendo o outro à frente, aumentando o ritmo até alcançar um “tempo” realmente veloz. Procurava minimizar os movimentos de braços, levantando os pés do chão apenas o suficiente para passar a corda e não mais. Para os principiantes recomendava pular 3 minutos seguidos, descansar 1 minuto e assim sucessivamente. Porém Bruce pulava de forma contínua (sem pausa) durante 30 minutos. 

Outro exercício a que Bruce se entregava era a prática de impacto com a “Medicine-ball”. Um companheiro lançava com força a bola (do tamanho de uma bola de futebol) contra a zona abdominal de Lee, estando este em pé ou deitado. 

Os golpes produzidos pela força do lançamento iam aumentando até causar impactos verdadeiramente consideráveis. Essa prática durava em média 20 minutos e foi, em grande parte, responsável pelo assombroso desenvolvimento de sua parede abdominal. O abdome, por ser a delicada zona de união entre o tronco e as pernas deve funcionar com precisão e potência em uníssono com os membros superiores e inferiores para a aplicação correta de qualquer técnica. Tem de possuir paredes fortes e flexíveis para absorver qualquer impacto de golpe do adversário numa zona vital sem proteção óssea e cuja defesa se reduz a uma poderosa parede muscular. Flexões abdominais também auxiliam muito nesse desenvolvimento muscular. 

Bruce fazia ainda exercícios de elevação de tronco em mesa inclinada (5 a 8 séries de 50 repetições) e elevação de pernas em ponte. Elevação de pernas sobre barra fixa, envolvendo ou não a sola do pé com a mão. Praticava saltos com abertura de pernas, tocando os dedos do pé com as pontas dos dedos da mão em pleno ar. Saltos mantendo nas mãos pesos (halteres) entre 5 e 15 Kg. 

O peso utilizado era em função do número de repetições (saltos) da sessão de treinamento. O uso do trampolim em certos saltos ajudava-o a desenvolver a elasticidade e a flexibilidade. Para trabalhar os músculos dorsais, Bruce não se preocupava com pesos máximos, porém usava cargas mais que consideráveis em séries velocíssimas e quase sem descanso (4 a 5 séries de 20 repetições com 5 segundos de descanso entre uma e outra série). Não há dados exatos sobre os pesos que Bruce utilizava porque simplesmente Bruce jamais os levou em conta. A única coisa que importava era a sensação de trabalhar contra resistências que o faziam esforçar-se. Não obstante, alguns companheiros que tiveram o privilégio de trabalhar com ele asseguram que chegou a usar até 80 ou mesmo90 Kg (embora sua média fosse 50 Kg) em grande velocidade. 

Mover tais pesos na velocidade em que os movia era uma verdadeira façanha. 

Mas para Lee era apenas um complemento de sua arte. Seus fabulosos antebraços (duros como pedra e capazes de aparar o golpe mais violento sem receber dano) e seus poderosos ombros eram trabalhados duramente no levantamento de pesos longos com um braço de cada vez, prática dificílima devido à dificuldade de equilíbrio e à longitude do instrumento usado (barra longa de levantamento terra com pesos nas pontas). 

Usava, ainda, um haltere curto, sem o peso na extremidade que servia de “cabo” para segurar (o outro peso era mantido, dando ao haltere forma de marreta). 

Lee girava-o para trás e para frente e em círculos sem mover o braço, isto é, com tosão apenas do pulso. Para exercitar os antebraços suportava pesos durante o maior tempo possível com os braços estendidos (na altura do peito). 

Exercitava ainda os antebraços no aparato isométrico, realizando bloqueios específicos contra o mesmo que era especialmente desenhado para este fim. 

Bruce costumava criar, ele próprio, a maior parte de seus equipamentos (os que adquiria eram sempre modificados, aperfeiçoados e melhorados para atender às suas necessidades) e procurava torná-los o mais “realista” quanto fosse possível, de modo com que “reagissem” a ele em diferentes ângulos, obrigando-o a mudar, mover-se, estar alerta e ativo ! 

Stirling Silliphant lembra que Bruce tinha um aparelho para estiramento de pernas: - “Você colocava a perna num laço e uma carretilha puxava uma corda estirando sua perna além do limite da resistência humana. Não é à toa que falam tanto sobre tortura chinesa ! eu costumava dizer a Bruce. 

Bruce tinha também em sua garagem um saco gigantesco medindo 5 pés (1 metro e 65 cm) de largura por 8 pés (2 metros e 65 cm) de altura. Esse saco ocupava metade do espaço da garagem ! Absorvia poder e força extra como nenhuma outra coisa no mundo o faria ! Era duro fazê-lo mover-se, era como chutar um tronco de árvore … e pensar que Bruce podia enviá-lo voando com o seu melhor chute ! 

Bruce sempre enfatizou, entretanto, que o melhor equipamento não pode simular condições de combate real, por isso insistia em usar um parceiro sempre que possível. Mas com referência aos exercícios que usava, ele insistia: “Um exercício tem que ser funcional. Tem que ser o mais próximo possível da realidade!” 

O chute de Lee era tão funcional que os chineses apelidaram-no “O homem de três pernas” (por poder chutar direita-esquerda-direita consecutivamente num só chute) Lee desenvolveu a potência e incrível rapidez de seu chute através de, entre outras coisas, cuidadoso uso do “gym cycle”, do estirador de pernas e da barra alta. Quando os músculos estavam desenvolvidos, já prontos, ele treinava chutando árvores. Sim, árvores … não novas e finas, mas frondosas, de tronco firme como colunas de concreto. 

Rotina de Abdominais 

De todas as partes do corpo que Bruce Lee desenvolveu, os seus músculos abdominais eram os mais espetaculares: pedra sólida ao toque, profundamente cortados e altamente definidos. Bruce acreditava que os abdominais eram um dos mais importantes grupos musculares para um artista marcial já que virtualmente todo movimento requer algum grau de trabalho abdominal. 

Talvez mais importante, os “abs” são como uma concha, protegendo as costelas e órgãos vitais. Lee era mais que um mero fanático por fitness; ele era um extremista, sempre à procura de novos modos para levar o seu corpo ao limite, afinando-o constantemente e ao mesmo tempo esforçando-se para alcançar o máximo de eficiência. 

Ele sentia que a muitos artistas marciais dos dias dele faltava a aptidão física necessária para os/as apoiar nas suas habilidades. 

No seu livro “O Tao do Jeet Kune Do”, ele escreveu “Treino é uma das fases mais negligenciadas dos atletas. Muito tempo é dedicado ao desenvolvimento da habilidade, e muito pouco, ao desenvolvimento do indivíduo para a sua participação.” 

O dono da revista Black Belt Mito Uyehara recorda que “Bruce sempre sentiu que se o teu estômago não fosse desenvolvido, então tu não deverias fazer sparring duro.” A esposa de Lee, Linda Lee Cadwell, reivindica que o seu falecido marido “era um fanático acerca do treino de abs. Ele estava sempre a fazer sit-ups, crunches, movimentos de cadeira romanos, elevações de perna, e V-ups.”

De acordo com algumas notas iniciais de Lee, o seu treino diário abdominal incluiu: 
  • Torção de Cintura - quatro séries de 90 repetições. 
  • Sentar para cima (sit-ups) com torções - quatro séries de 20 repetições. 
  • Elevações de perna - quatro séries de 20 repetições. 
  • Torções inclinadas - quatro séries de 50 repetições. 
  • Pontapés em posição de rã - quatro séries de 50 repetições. Lee desenvolveu esta rotina mais adiante, somando séries adicionais de sit-ups, inclinações laterais, elevações de perna, “bandeiras”, torções, e inclinações atrás, ao seu regime de treino abdominal. 
  • O exercício “bandeira” era uma técnica particularmente difícil que Lee destinou para trabalhar os abdominais: deitado num banco, ele agarrava barras fixas com as mãos e, elevava-se, suportado apenas pelos seus ombros. 
  • Então, com os joelhos fechados, pernas esticadas e a parte de baixo das costas elevadas do banco, ele executava elevações de pernas. 

Bolo Yeung, o co-estrela de Lee em Operação Dragão, lembra-se de ver o amigo executar este exercício só com as lâminas dos ombros descansando no fim do banco, e com as pernas e torso suspensos horizontalmente. “Ele conseguia manter-se perfeitamente horizontal em pleno ar!” nota Yeung. 

Claro que, o seu estômago de tábua de lavar roupa não veio de mero treino abdominal; Lee também era um zeloso proponente de condicionamento cardiovascular e regularmente corria, saltava à corda, pedalava uma bicicleta ergométrica. 

Uma típica corrida de Lee cobria uma distância de duas a seis milhas e era realizada em 15 a 45 minutos. De acordo com o seu amigo e ator Bob Wall da mesma categoria, “o Bruce era quase um corredor de cinco-milhas, mas Bruce também era um desses sujeitos que eu desafiei para além de si mesmo. Ele corria para trás, ele corria sprints rápidos onde outro correria uma milha, caminharia outra milha, correria outra milha….” 

Lee alternava correr com andar de bicicleta ergométrica, a qual, de acordo com Uyehara, ele pedalava durante 45 minutos (aproximadamente 10 milhas). 

Um aluno de Lee, Herb Jackson, lembra-se de outro método não menos ortodoxo que Lee usava para aumentar a sua definição de músculo. De acordo com Jackson, Lee usaria um tipo de cinto sudatório ao andar na sua bicicleta estacionária porque ele acreditava que o cinto focalizava o calor nos seus músculos abdominais e ajudava a reduzir gordura. 

Outro elemento na procura de Lee para definição abdominal era nutrição. De acordo com Linda Lee Cadwell, pouco depois dele se mudar para os Estados Unidos, Bruce começou a levar a nutrição seriamente e desenvolveu um interesse em comidas de saúde e bebidas de altas proteínas. “Várias vezes por dia, ele tomava uma bebida de altas proteínas composta de leite em pó, água de gelo, ovos, cascas de ovo, bananas, óleo vegetal, farinha de amendoim e sorvete de chocolate,” recorda Linda, que afirma que a cintura de Bruce flutuou entre as 26 e 28 polegadas. 

“Ele também bebia as suas próprias misturas de suco, feitas de legumes e frutas, maçãs, aipo, cenouras e assim por diante, preparadas num liquidificador elétrico.” Lee comia carne magra racionadamente e consumia grandes quantidades de frutas e legumes. Em anos posteriores, ele tornou-se muito educado sobre suplementos de vitamina, e cada dia aportava-lhe exatamente a cota certa de vitaminas A, B,C,D e E. 

Nunchaku
No filme "O Jogo da Morte" Bruce Lee e Dan Inosanto usam 3 armas na seqüência em que trabalham juntos. Primeiramente Inosanto usa dois bastões - chamados de "Kali" nas Filipinas - e Bruce uma vara flexível: o bambu chinês. Desarmado, Inosanto apanha o nunchaku. Bruce joga de lado o bambu e também apanha o nunchaku. Inicia-se então um duelo até a morte; uma cena incrivelmente envolvente, precisa e de difícil execução. 

Bruce, conforme suas próprias teorias, não se restringe ao simples uso dos bastões mas também de seus membros como arma de ataque, em perfeita harmonia, como se o nunchaku e seu próprio corpo fossem um único ser. "Totalidade" era o ponto chave do método de Bruce, no intuito de mostrar que a arte marcial pode e deve progredir continuamente, alcançando níveis sempre melhores e mais eficientes do que os ditados pela tradição. 
Inosanto descreve sua sensação ao filmar com Bruce as cenas do duelo como se sentisse "borboletas no estômago": ele sempre receava cometer algum erro mas Bruce, como diretor, roteirista, coreógrafo, produtor e ator, era uma inspiração para quem trabalhasse com ele. Seu modo de fazer filmes era como seu modo de lutar: ele simplesmente o fazia! As lutas, como a maior parte do filme, estavam claramente delineadas em sua mente. Os detalhes era trabalhados durante os ensaios e repetições, às vezes durante as próprias filmagens, sempre que a inspiração surgisse. Se funcionasse, era feito. 
Comumente o uso de nunchakus no cinema é filmado de maneira a acelerar o processo para dar a impressão de maior habilidade e agilidade por parte do praticante. No caso de Bruce, porém, usava-se o processo inverso: a câmera tinha de ser ajustada de tal maneira que o espectador pudesse ver seu desempenho de maneira mais lenta para poder perceber alguma coisa, caso contrário toda a imagem seria um borrão, sem condições de ver ou apreciar nada! Para que Bruce pudesse ver o resultado final, a cena era reproduzida em videotape sob vários ângulos, a fim de corrigir as tomadas. 

Nessas ocasiões Bruce mostrava aos atores, particularmente a Dan Inosanto, a diferença entre o que era bom para um filme e o que era bom para um combate real. Por isso, tinha de repetir e repetir até chegar ao ponto certo. Ele desenvolvia uma técnica que chamava de put-out e take-in, ambas para intensificar o efeito dramático. Depois de uma série de golpes distintos, se os atores continuassem a lutar ferozmente a audiência não teria tempo de absorver o sabor da ação. Isso ajuda a desenvolver uma atmosfera própria e a plateia tem uma chance de "descansar" mentalmente por instantes para depois continuar a observar a ação. Tais quebras e paradas, obviamente, não existem num confronto real. 

Sem mencionar que um confronto real com esse tipo da arma, nas mãos de mestres como Bruce e Inosanto, seria decidido em segundos - ou frações de segundos - provavelmente num primeiro e único golpe. O manejo tanto de um quanto de dois nunchakus simultaneamente nas mãos de Bruce era uma demonstração não apenas de potência e velocidade mas principalmente de coordenação, ritmo, precisão, reflexos imediatos, jogo de pernas, cálculo de visão e um soberbo sentido de equilíbrio. Seu controle sobre a arma se devia em parte ao treinamento intensivo que desenvolveu praticamente sozinho, buscando descobrir suas potencialidades e aplicações práticas e em parte ao elevado grau que atingira em expressar as artes marciais com seu próprio corpo, particularmente no poder que possuía nos dedos, que lhe proporcionava maior precisão e potência ao agarrar e manejar a arma. 

Isso vem reforçar a idéia de Bruce de que "não importa que armas ou instrumentos você tenha ao seu dispor se não tiver desenvolvido condições em si mesmo para usá-las correta e eficientemente". Muitos afirmaram que Inosanto foi o instrutor de nunchaku de Bruce; quando indagado sobre a questão, foi categórico em afirmar que seu manejo da arma apenas inspirou e motivou Bruce a desenvolver suas técnicas e que em 3 meses a perícia do Dragão ultrapassou a sua. Inosanto afirmou ainda que não chegava a ter um décimo da velocidade de Bruce, ainda que em publicações especializadas conste que o filipino podia deslocar seu nunchaku da mão esquerda para a direita 3 a 4 vezes no espaço de um segundo. 

De acordo com a revista inglesa "Kung Fu Monthly" foi realizado um estudo técnico da cena de nunchaku do filme "Operação Dragão", assinalando que levava apenas 2 fotogramas para a ponta do bastão dar uma volta completa. A vinte e cinco quadros por segundo e cerca de nove pés (275 cm), concluímos que Bruce conseguia fazer seus bastões girarem a cerca de 70 milhas por hora (aprox. 112 km/hora)! Acrescente-se a isso que Lee era um mestre em coreografia, daí o êxito ímpar de seus filmes e sua condição de artista insubstituível. 
  • Extraído do livro "Nunchaku: A Arma Mortal do Kung Fu", de Marco Natali. 
Editora Ediouro-Tecnoprint 1984

Um outro detalhe curioso, desta vez visto em um documentário: Bruce gostava de treinar com vários tipos de nunchaku, feitos de materiais diferentes; há rumores inclusive de que possuia um confeccionado por ele mesmo a partir uma barra de metal cromado (dessas utilizadas para exercícios com pesos). Já pensaram na hipótese de ter 2 bastões de ferro, cada qual com 2 kg, passando a 112 km/hora perto da sua cabeça? Só mesmo um mestre do porte de Lee poderia se dar a essa extravagância! 

A Morte de Bruce Lee 
A Verdadeira Morte de Bruce Lee 

Exatamente no dia 10 de maio de 1973, Bruce já havia tido um edema cerebral. Estava dublando "Enter The Dragon" (Operação Dragão) - a maioria dos filmes de Kung Fu não eram realizadas em som direto - quando teve um ataque e desmaiou. Ficou mais ou menos 3 horas desacordado no Hospital Batista, atendido pelos doutores Charles Langfod (Médico intensivista), Peter Woo (neurocirurgião) e mais três médicos. Os testes revelaram alguma coisa errada com seu cérebro e foi aplicada uma dose de manitol endovenoso. Bruce foi transferido para o Hospital Saint Teresa, onde se recuperou. Tudo isso aconteceu em Hong Kong. Poucas semanas depois,submetido a um exame físico rigoroso em Los Angeles (EUA), cinco especialistas - entre eles o Dr. David Reisbord, chefe da Clínica Médica do Memorial Hospital - foram categóricos em dizer que Bruce Lee estava com uma saúde de leão. Ou melhor dizendo,de dragão. Nesse meio tempo, um seguro de vida estava sendo expedido pela Warner, que planejava torná-lo um astro. 

Dia 20 de julho de 1973, mais de 21:00. Raymond Chow chega ao apartamento de Bruce para juntos irem jantar com George Lazenby. Aparentemente Bruce está dormindo. Chow tenta acordá-lo e não consegue. Um médico é chamado às pressas e o removem para o Hospital Queen Elizabeth, onde morre. Como? O que aconteceu? Raymond Chow está atônito. Naquela tarde estivera no apartamento,juntamente com a atriz Betty Ting Pei, para tratar os detalhes da participação da mesma no filme "Game Of Death". k

O Sr. Chow saiu e eu fiquei. Bruce sentia dor de cabeça e eu lhe dei uma aspirina, chamada "Equagesic". Ele foi se deitar. - declarou Betty Ting Pei. 

Foram feitas duas necrópsias, uma em Hong Kong e outra em Londres. O exame do Dr. Ira Frank, catedrático da Escola de Medicina da Universidade da Califórnia, como também o do Dr. R.D. Teare, catedrático de Medicina Forense da Universidade de Londres, aponta como causa mortis uma hipersensibilidade aos meprobamatos (aspirina). 

Segundo esses médicos, trata-se de uma reação anafilática de efeito retardado e cumulativo, ou seja, aquela em que o indivíduo é exposto ao fator desencadeante durante um período longo e que se manifesta de maneira súbita e devastadora. 


  • Extraído do livro "O Kung Fu de Bruce Lee". Editora Nova Fronteira, 1998. 

Conclusão: 

Amostras de tecido foram examinadas por médicos em Hong Kong, Austrália e Nova Zelândia. Dr. Lycette em Hong Kong disse que não havia lesões visíveis no crânio de Bruce. Nenhum dos vasos no cérebro foi bloqueado ou rompido apesar dele ter sofrido um edema cerebral ou inchaço no cérebro. Dr. Tier, professor de medicina forense da Universidade de Londres e um especialista que realizou mais de 90 mil autópsias foi levado pra examinar o corpo. Ele acreditou que a única causa de morte possível, era hipersensibilidade ao Equagesic. 

Observação: 

Como todo analgésico pra dor de cabeça, contém suas indicações, como também suas contra-indicações e neste caso devia conter: Não deve ser utilizado por pacientes com hipersensibilidade aos componentes (ingredientes) da fórmula. E com certeza, Betty Ting Pei, ao ter dado o analgésico ao Bruce, não deve ter consultado a bula antes, ou até mesmo não esperava que ele tivesse hipersensibilidade à algum dos ingredientes da fórmula desse analgésico. É um caso de morte raríssimo, mas possível e com um simples descuido, pode tirar a vida de alguém. Por isso sempre que formos fornecer algum remédio, devemos consultar um médico confiável e consultar a bula, vendo as contra-indicações, quem pode e quem não deve utilizar.
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quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

Especial - A mentalidade do dragão parte 2




Bruce foi dedicado a cultura física e treinou dedicadamente. Além de praticar sparring com seus alunos, ele acreditou em treinamentos aeróbios estrênuos e treinamento de peso. Seu abdominal e treinamentos de antebraço eram particularmente intensos. Raramente havia um tempo quando Bruce não estava fazendo nada—na realidade, ele foi visto freqüentemente lendo um livro, enquanto fazendo exercícios de antebraço e assistindo um filme de boxe ao mesmo tempo. Ele também prestou atenção rígida ao seu consumo de comida e tomava vitaminas e ervas chinesas às vezes. Foi de fato seu zelo que conduziu a um dano que foi se tornar uma fonte crônica de dor pro resto de sua vida. Em um dia em 1970, sem se aquecer, algo que ele sempre fez, Bruce apanhou umas 125-libras barbell e fez um “bom dia” de exercício. Isso consiste em descansar o barbell nos ombros da pessoa e se agachar diretamente à cintura. Muita dor e muitos testes buscou determinado de que ele havia sustentado um dano ao quarto nervo sacro. Ordenaram que ele completasse resto de cama e contou que indubitavelmente ele nunca faria Kung-fu novamente. Durante os próximos seis meses, Bruce ficou na cama. Foi extremamente frustrante, deprimido, doloroso, e um tempo para redefinir metas. Também foi durante este tempo que ele fez muito a escritura que foi preservada. Depois de vários meses, Bruce instituiu seu próprio programa de recuperação e começou a caminhar, cuidadosamente no princípio, e gradualmente construiu sua força. Ele foi determinado que faria seu amado Kung-fu novamente. Como pode ser visto em seus filmes seguintes, ele recuperou totalmente seu corpo, mas ele constantemente teve que levar medidas como icing, massagem e restou levar ao cuidado de suas costas.

Bruce sempre esteve imaginando idéias de história. Um dos projetos no qual ele esteve trabalhando foi a idéia de um seriado iniciado no Velho Oeste, enquanto caracterizando um monge oriental que vagava a zona rural resolvendo problemas. Ele lançou a idéia pra Warner Bros. e foi recebida entusiasticamente. Os produtores falaram detalhadamente com Bruce sobre o seriado proposto com a intenção que Bruce faria o papel do homem sábio oriental. No fim, o papel não foi oferecido a Bruce; ao invés disso foi para David Carradine. O seriado foi “Kung Fu.” O estúdio reivindicou que um homem chinês não era um astro ideal naquele momento. Imensamente desapontado, Bruce buscou outros modos para demolir as portas do estúdio.

Junto com dois de seus alunos, Stirling Silliphant, o escritor afamado, e ator, James Coburn, Bruce colaborou em um manuscrito para o qual ele escreveu o enredo original. Os três se encontraram para refinar o manuscrito semanalmente. Seria chamado “A Flauta Silenciosa.” Novamente, a Warner Bros. estava interessada e enviou os três pra Índia para procurar locais. Infelizmente os locais certos não puderam ser achados, o estúdio se retirou, e o projeto foi posto no back burner. Contrariado novamente em seu esforço para fazer um avanço da sua carreira de ator, Bruce inventou uma nova aproximação à sua meta.

Em 1970, quando Bruce estava voltando sua força do dano em suas costas, ele fez uma viagem para Hong Kong com o filho Brandon, 5 anos de idade. Ele ficou surpreso quando foi cumprimentado como “Kato,” o garoto local que havia estado na TV americana.

Lhe pediram que se aparecesse em programas de entrevistas na TV. Ele não estava atento que os produtores de filme de Hong Kong estavam vendo ele com interesse. Em 1971, sobre o tempo que “A Flauta Silenciosa” não se materializou, o produtor de Hong Kong Raymond Chow contatou Bruce com interesse em fazer dois filmes pra Golden Harvest. Bruce decidiu fazer, enquanto argumentando que se ele não pudesse entrar na porta da frente dos estúdios americanos, ele iria para Hong Kong, se estabeleceria lá e retornaria pela porta lateral.

No verão de 1971, Bruce deixou Los Angeles para voar pra Hong Kong, então foi pra Tailândia para a gravação de “O Dragão Chinês.” Entre Hong Kong e Tailândia, o produtor Run Run Shaw tentou interceder e galantear Bruce longe da Golden Harvest. Mas Bruce tinha assinado uma transação assim ele ficou com Raymond Chow. A família de Bruce não o acompanhou nessa viagem porque a aldeia onde o filme foi feito não era satisfatória para crianças pequenas. Também já era sentido que se este filme não fizesse sucesso, Bruce poderia estar de volta em L.A. mais cedo do que o esperado. Embora as condições de funcionamento fossem difíceis, e a qualidade de produção inferior ao que Bruce estava acostumado, “O Dragão Chinês” foi um enorme sucesso. O primeiro aconteceu à meia-noite, como era costume de Hong Kong. O público chinês foi infame para expressar suas emoções durante o filme—ambos positivos e negativos.

O elenco inteiro e time de produção estavam muito nervosos, ninguém mais assim que Bruce. Ao término da exibição, o público inteiro estava calado no momento, então estouraram em alegrias e saudaram seu novo herói que estava vendo da parte de trás do teatro.

Em setembro de 1971, com set de filmagem para começar o segundo dos filmes contratuais, Bruce trouxe sua família para Hong Kong e preparou pra vender sua casa em Los Angeles. “A Fúria do Dragão,” foi um sucesso até maior que o primeiro filme batendo os recordes de bilheteria de todos os tempos. Agora aquele Bruce havia completado seu contrato com a Golden Harvest, e havia se tornado um artigo ideal, ele poderia começar a ter mais contribuição na qualidade de seus filmes. Para o terceiro filme, ele formou uma sociedade com Raymond Chow, chamada Concord Productions. Bruce não só escreveu “O Vôo do Dragão,” mas ele dirigiu e produziu como bem. Mais uma vez, o filme bateu recordes e agora, Hollywood estava atenta.

No outono de 1972, Bruce começou a filmar “O Jogo da Morte,” uma história que ele pressentiu mais uma vez. A filmagem foi suspensa pela culminação de uma transação com a Warner Bros. pra já fazer a primeira co-produção Hong Kong-American.

A transação foi facilitada principalmente pela relação pessoal de Bruce com o presidente da Warner Bros., Ted Ashley e pelos sucessos de Bruce em Hong Kong. Foi um momento excitante e um momento decisivo na indústria cinematográfica de Hong Kong. “O Jogo da Morte” foi posto na espera para dar lugar à filmagem de “Operação Dragão.”

Filmando “Operação Dragão” não foi um empreendimento fácil. O elenco americano, a tripulação e suas contra partes chinesas sofreram problemas de linguagem e dificuldades de produção. Também foi um tempo estressante para Bruce como ele quis que o filme fosse especialmente bom e bem aceito pelo público ocidental.

“Operação Dragão” foi devido ao primeiro no teatro chinês de Hollywood em agosto de 1973. Infelizmente, Bruce não viveu para ver a abertura de seu filme, e nem teve a experiência do sucesso acumulado de mais de trinta anos de todos seus filmes populares.

 No dia 20 de julho de 1973, Bruce teve uma dor de cabeça secundária. Foi oferecido a ele um analgésico de prescrição chamado Equagesic. Depois de tomar a pílula, ele foi se deitar e entrou em um coma. Ele não pôde ser reavivado. Patologia forense extensa foi feita para determinar a causa de sua morte que não foi imediatamente aparente. Num dia nove o inquérito de juiz investigador de morte suspeita foi estado de acordo com testemunha dada por patologistas renomados voados ao redor do mundo. A determinação foi que o Bruce teve uma reação hipersensível a um ingrediente no medicamento de dor que causou uma inchação do fluido no cérebro, enquanto resultando em um coma e morte.

O mundo perdeu uma estrela brilhante e um ser humano evoluído naquele dia. Seu espírito permanece em inspiração a números incontáveis de pessoas ao redor do mundo.

Treinamento  

Bruce Lee, sem dúvida alguma foi um dos homens mais letais que o mundo conheceu, conseguiu alcançar um desenvolvimento e uma perfeição física realmente invejáveis. Mas a pergunta que todos gostariam de ver respondida é: “Como chegou a isso ?”

 Para se falar do treinamento de Bruce um livro não bastaria ! Todavia procurei explanar sobre o assunto numa visão simplificada.
  • “Força em si não é conhecimento e conhecimento não é treinamento, mas combine conhecimento com treinamento e você obterá força.”
De todas as suas muitas propriedades, a que Bruce mais valorizou foi seu próprio corpo. E o fez numa extensão que a muitos parecia excêntrica, até fanática, visando sempre manter seu físico em perfeita forma. Seu ginásio era um templo para o desenvolvimento da aptidão e do ajustamento físicos, sendo equipado com toda a espécie de aparatos e tendo várias paredes revestidas de espelhos para que ele pudesse observar melhor seus próprios exercícios e movimentos.

Para manter-se em perfeita saúde, Bruce tomava muito cuidado com o que ingeria, acreditando que “você é o que come !”, não fumava e não ingeria bebidas alcoólicas. Mas nem tudo que era bom para Bruce era bom para as outras pessoas.

Quando Robert Lee, seu irmão, chegou aos Estados Unidos vindo de Hong Kong, Bruce que o esperava no aeroporto deu um passo atrás com expressão de espanto e exclamou: “Jesus ! Como você está magro ! Não diga a ninguém que você é meu irmão, pois me embaçaria !”. Robert foi levado à casa de Bruce em Bel Air e já na manhã seguinte era acordado cedo, recebia um par de tênis e era obrigado a correr três milhas (4 Km e 8 m). A seguir era compungido a beber uma mistura que o próprio Bruce preparava no liquidificador a fim de assegurar-se de que seu irmão beberia tudo. Para Bruce, que estava acostumado a ingeri-la sempre, era saborosa … mas para os outros não era nada agradável !. Bruce parecia um sargento do exército ! Todos os dias vinha com aquela mistura de leite, proteína em pó, bananas, gelo, ovos com casca e manteiga de amendoim.

Mas Bruce não será lembrado como um dietista, nem o poderia ser. Seu corpo era desenvolvido dentro de um modelo de graça e perfeição muscular, sem a deformidade de tendões e nervos dos praticantes de musculação. O corpo de Lee era um instrumento de genuína beleza e ele chegou a isso através de uma série de cuidadosos e apropriados exercícios e treinamentos os quais, felizmente, foram registrados e deixados para nós numa abundância de entrevistas, artigos, testemunhos e notas pessoais.

O desenvolvimento de tal perfeição física, conforme Lee enfaticamente assinalava, não é um fim em si mesmo; é, antes, segundo suas próprias palavras … “Um dedo apontando para a lua. Por favor, não tomem o dedo pela lua! Nem fixem o olhar tão atentamente no dedo a ponto de omitir a bela visão dos céus. A utilidade do dedo é assinalar, além dele mesmo, a luz que o ilumina e a tudo mais”.


Um dos melhores meios de se manter um constante nível de excelência física e de estabelecer uma base de aptidão a partir da qual pode-se progredir infinitamente é, de acordo com Lee, CORRER. Durante toda sua vida ele recomendou esse tão simples e disponível exercício, dizendo: “Se você não estiver fisicamente ajustado, não deve entregar-se diretamente a um árduo treinamento. Para mim, um dos melhores exercícios é correr. Correr é tão importante que se deve praticá-lo durante toda a vida. A que horas do dia você corra não importa. No início você deve correr naturalmente, como num cômodo “trotar”. Depois, gradualmente aumentar a distância e o “tempo” (a palavra “tempo” aqui não se refere à “duração” do exercício, mas significa o seguinte: - Esse pequeno fragmento de período - um compasso em cadência - que é mais adequado à realização efetiva de uma ação é chamado de tempo. Bruce Lee - O Tao do Jeet Kune Do, pág. 64) - aqui seria o “ritmo” da corrida. - E finalmente incluir arranques para desenvolver seu fôlego”.

Bruce corria seis dias por semana entre 15 a 45 minutos, percorrendo entre 2 e 6 milhas (cerca de 3 e 9 Km e meio) quase sempre na companhia entusiástica de seu enorme cão dinamarquês “Bobo”. Corria não importava onde: na praia, nos bosques, nas colinas (aliás gostava de correr subindo encostas íngremes), ou mesmo nas ruas em horas do nascer do dia. Variava o ritmo, passava de um “tempo” moderado a violentos arranques seguidos de um ritmo mais lento e compassado. Saltava, corria em zigue-zague e incorporava em sua corrida qualquer elemento que pudesse servir para melhorar algum aspecto físico em especial. 

Outra forma de exercícios regulares que Lee empregava era o Tai-Chi - série de contorções e movimentos lentos empregados como terapia para a mente e para o corpo como meditação e exercício físico. A origem do Tai-Chi remonta a épocas bem remotas … O monge chamado Chang San Fen estava meditando certa noite quando um ruído interrompeu sua concentração. Era uma cobra, cabeça erta, sibilando sob o ataque de um grou. Conforme a ave arremetia o ataque, a cobra desviava-se para um lado ou para outro golpeando o grou com a cauda. Quando o grou protegia uma parte do corpo, a cobra era capaz de deslizar e golpear outra, sempre fora do alcance da ave. Finalmente o grou, impotente e desiludido voou frustrado enquanto a cobra voltava à sua toca. Chang percebeu, então, a lição do valor do elemento mais fraco curvar-se ante o ataque do mais forte. 

E assim começou a estudar métodos de combate usados pelos animais. Preparou-os depois num estilo de exercícios conhecido como Tai-Chi baseado no seguinte princípio: “O que é mais maleável do que a água ? No entanto, a água pode desgastar a mais dura rocha”. 

O próprio Lee falava de tais exercícios relacionando-os ou comparando-os com a água: “Como a água, devem ser amorfos. Coloque a água numa xícara, ela se tornará parte da xícara; coloque-a numa garrafa, ela se tornará parte da garrafa. Tente golpeá-la, ela cederá mas não sofrerá dano: é maleável ! Tente agarrá-la, ela não oporá resistência mas lhe escapará por entre os dedos … de fato, escapará na medida em que a pressão for sendo aplicada sobre ela. Quanta verdade há no princípio de que o nada não pode ser confinado, de que a coisa mais suave do universo não pode ser quebrada e de a mais maleável não pode ser moldada !”. 

em breve a parte final
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