terça-feira, 29 de setembro de 2015

18+ MV Bill e Thaide falam da realidade das periferias e do doc Falcão Meninos do Tráfico


Já faz um tempo que o a Globo mostrou no Fantástico o documentário Falcão - meninos do tráfico, mas parece que foi ontem, pois a realidade das comunidades continua a mesma e as discussões que procuram amenizar a dura realidade de crianças e adolescentes envolvidos com o crime são pouco faladas. A matéria a baixo foi publicada pela revista ÉPOCA em 2009, mas continua tão atual que merece ser lida novamente.

MV Bill e Celso Athayde falam aos leitores de ÉPOCA

Leia outras respostas do rapper e do produtor musical que estão lançando o livro Falcão – Mulheres e o Tráfico

Revista Época

Vocês acreditam que as ONGs são uma saída viável para as comunidades aonde as medidas do governo não chegam? Mariana Machado Bonora, Bauru, SP
Celso Athayde – Não é correto dizer que o governo não chega. Existem muitas iniciativas importantes nas comunidades, escolas, creches... Basta entrar nas favelas e vamos ver várias ações importantes nelas. O problema é que a demanda é muito maior, as ONGs não podem substituir o poder publico, podem ser referências em alguns casos, podem complementar em outros, podem trocar experiências ou mesmo se juntar para atuar em certas ações, mas é o Estado o responsável, isso fecha qualquer discussão. O que entendemos é que certas ONGs que conhecem a realidade das favelas têm uma contribuição maior a dar pois são interlocutores naturais entre o Estado e a favela. Então todos precisam aproveitar esse conhecimento.

MV Bill - É perigoso eu responsabilizar as ONGs pela melhora e pela superação de cada realidade. É difícil, porque até quando crio algum tipo de mobilização, tomo muito cuidado para que a gente não assuma para nós somente uma responsabilidade que é muito acima de nós. Existem pessoas que, inclusive, têm cargos públicos e recebem salários da própria população para cuidarem dessas questões. No entanto, a gente vê que muitos mandatos estão inclinados para outras causas, principalmente as pessoais e particulares. Com esse tipo de realidade, com esse tipo de tratamento ausente, as ONGs acabam tendo um papel fundamental à frente dessas histórias, um papel de costura, principalmente as ONGs que são cria dos próprios locais, das próprias realidades, não as que vem de fora pra dentro. A independência das ONGs não impede que elas possam ter aproximação e até trabalhos em conjunto com os governos federais, municipais e estaduais. Já vi muito acontecer pelo Brasil.
A Globo comprou os direitos autorais da série Falcão - Meninos do Tráfico? Se sim, o que foi feito com o dinheiro? De alguma forma ele foi revertido para melhorar a vida dos jovens da favela?
Sirlei Netto, Petrolina, PE
Athayde – Toda obra da Cufa pertence à Cufa, aos jovens que fazem parte dela. Esse filme não é exceção. A relação com a Globo não envolveu um centavo, e nem era esse o foco. Se eles pagassem, o projeto viraria um produto comercial, eles não queriam e nem nós. Tivemos a chance de passar no cinema e depois tirar onda de documentarista e, aí sim, colocar algum no bolso. Tínhamos que decidir sobre o que queríamos: passar no cinema para uma platéia seletiva e interessante ou para o público sem ganhar um real, mas pautar o país para uma causa que acreditamos ser importante. Pautamos o Brasil e mexemos com a sua cabeça. Depois desse documentário, ninguém será o mesmo, nunca mais. Quanto ao dinheiro, a Cufa está em vinte e cinco estados, e, em muitos deles, em várias favelas. Esse é o destino de qualquer recurso oriundo dessas ações. Nosso patrimônio são as nossas conquistas e a nossa revolução são as nossas realizações.

MV Bill
- Não, a Globo não comprou. Muito pelo contrário, em todo esse projeto, a gente não teve apoio, financiamento, patrocínio de ninguém, de nenhuma empresa. Até porque provavelmente ninguém iria querer ligar seu dinheiro, sua imagem, àquela realidade que até então não tinha sido mostrada. Peguei dinheiro de shows meus e da Nega Giza, juntamos para comprar as filmadoras, compramos computadores que poderiam servir de ilha de edição, e fomos investir naquilo que a gente acreditava que era o certo. E, nas primeiras entrevistas, a gente já identificou que não ganharia dinheiro com isso, somente se vendêssemos a vida das pessoas, que acreditaram e confiaram na gente. E pela confiabilidade, a gente sabia que não ia ganhar dinheiro com aquilo. Decidimos, então, criar uma parceria com a Rede Globo que nos possibilitou falar com 90 a 100 milhões de brasileiros. A causa foi muito mais importante do que qualquer sentimento de vaidade ou interesse financeiro que pudesse pairar sobre nossa cabeça. E nos sentimos muito orgulhosos depois por ter feito com que parte ou todo o Brasil se pautasse para discutir a periferia. Tivemos uma parceria com a Rede Globo, em que a gente utilizou a ilha de edição deles, junto com dois editores deles que são o Frederico e o Cadu, mas a palavra final é sempre minha e do Celso. Finalizamos um material muito legal que era para ser um trailer e acabou virando um documentário de uma hora. A gente tem mais uma hora e meia, inserindo imagens de mulheres e algumas histórias do material audiovisual do livro. E estamos pensando agora mais em cinema do que em televisão. Qualquer coisa que a gente ganha, não só livro como palestras, shows e até quando o documentário foi para as lojas, uma parte disso vai para a Cufa (Central Única das Favelas). Algumas ações nossas são financiadas, mas outras não.

Gostaria de saber o que mais atrai um jovem adolescente no tráfico: o "status" entre os amigos ou o dinheiro? Nara Andrade, São Paulo, SP Athayde – Cada vida é uma, as motivações são variadas, mas acredito que o dinheiro, ou a possibilidade de tê-lo, ainda é a grande responsável por todas as aventuras.
MV Bill - Tem status também. No caso do jovem periférico tem também a sensação de poder – ainda que seja ilusório – e de se sentir responsável por algo. Mas, no geral, continua sendo o dinheiro, ou a esperança de se conseguir o dinheiro.

E o que está mudando no perfil do traficante que volta e meia é da classe média? Nailson Costa, Rio de Janeiro, RJ Athayde – As drogas aproximam as pessoas que têm interesse nela, seja de qual classe for. Dessa forma, a classe média está cada vez mais dentro da periferia e vice-versa.
MV Bill - Tem muitos jovens da classe média que se envolveram com o tráfico, mas tem muitos também que se envolveram com o que se chama de "estica", ou seja, vai no morro comprar a droga e vende no seu condomínio ou na faculdade. E tem os jovens de classe média que são os grandes traficantes de drogas sintéticas, que por muitos são consideradas drogas brandas, por, teoricamente, ainda não estarem sujas de sangue. O que muitas pessoas não sabem é que elas já são traficadas em favelas, como qualquer droga. Em muitas favelas onde eu só ouvia maconha ou pó, agora já escuto, haxixe, crack, cheirinho da loló... O número das drogas só está aumentando. Eles podem ainda não ser especializados no ecstasy, como a playboyzada é. Mas já têm nas bocas de fumo.
O que tem sido feito para mudar a realidade dos meninos que apareceram em Falcão, Meninos do Tráfico? Será que depois desse tempo fora da mídia, alguma mudança real ocorreu na realidade desses meninos e de suas famílias?
Vânia S. Mendonça, Rio de Janeiro, RJ Athayde – Não estamos em todos os lugares para para saber, mas temos notícias de muitas iniciativas importantes pelo Brasil afora, sejam de instituições ou governos. Reconheço que temos que ter paciência, que não vamos resolver em uma semana um problema que vem se agravando há anos, mas temos que ser vigilantes.

MV Bill - De fato, a maioria morreu. Não tem muito o que falar. O único sobrevivente não conseguiu se adaptar à vida fora do crime, a um emprego. Recebeu todo o auxílio do Beto Carrero, mas não conseguiu se adaptar. Hoje ele faz tratamento psicológico e médico contra a abstinência das drogas. Nós estamos auxiliando ainda, ele está no Rio, mas não sei até quando poderemos fazê-lo. O fato de ele não conseguir se adaptar não me surpreendeu. E não me desanimou. Mostrou que o nosso foco etário tem que ser mais jovem ainda. É mais fácil evitar que entre no crime do que depois sair dele. Algumas mães a gente acompanha ainda de perto, e chama a atenção a força que elas têm para evitar que outras mães não sofram o que elas sofreram. Porque a dor de perder um filho não dá para superar.
O que vocês acham da pesquisa da ONU que classificou o Brasil como um dos países em que se melhor vive, mesmo com tanta desigualdade? Roberto Viera, Campo Grande, MS
Athayde – Isso mostra o quanto o problema é universal. Se, apesar de todos esses problemas, uma instituição com a integridade da Unesco afirma isso, é porque não temos que comemorar pelo Brasil, temos que chorar pelo planeta.

MV Bill - O Brasil tem um desnível social gritante. A nossa sorte é que temos um povo manso, adocicado, domesticado, que não se rebela. Quando a pesquisa indica dados como esse, dá um arrepio só de pensar que possa haver lugares muito piores. De qualquer forma, não dá pra se orgulhar dessa situação, porque o Brasil é um país rico, de dimensão continental, mas com uma renda muito mal dividida, com uma minoria com muito e a grande maioria com nada. Dá, sim, é para melhorar muito, pelos recursos naturais, pelo terreno fértil. Só depende do próprio povo. Fui à Nigéria e acredito que seja um dos piores lugares do mundo. Não precisei visitar uma favela porque o país inteiro é uma favela gigante. É contraditório, por ser um dos maiores produtores de petróleo. Indo lá, vejo que o Brasil tinha tudo para ser um paraíso.
O que vocês acreditam que é preciso ser feito e que atitude devemos tomar em busca de um país e um mundo melhor e mais igual? Leonardo Tavares Leite, Niterói, RJ
Athayde – Colocar a culpa nos políticos, no sistema, no governo, é o mesmo que chutar o balde para o alto. Acredito que, se o Brasil se mobilizasse para a tolerância zero com a corrupção, todos os outros problemas estariam resolvidos. A corrupção é o mal de todos os males.

MV Bill - Investir nas coisas básicas. Fala-se tanto na redução da maioridade penal, baseando-se em paises de primeiro mundo. Fui a alguns países de primeiro mundo e a primeira coisa que vi foi que o tráfico também existe. Acabar com ele é uma utopia. Porém tem como diminuir fazendo o que esses países ricos já fazem: investir pesado em educação e saúde. No nosso país, os dois itens são artigos de luxo, temos que pagar caro para tê-los. Sem isso, o Brasil fica inviabilizado. Não tem milagre. É investir em nosso próprio povo, nossa maior riqueza.
Qual seria a melhor forma de aumentar a qualidade do ensino da rede pública no país em um espaço de tempo curto?
Vagner Oliveira Pimentel Pereira, Salvador, BA Athayde – Incentivar que os alunos leiam, durante os anos letivos, o que eles querem. Em geral, eles são obrigados a ler o que os velhinhos da educação escolhem. Ninguém lê algo só porque é de graça. As pessoas lêem o que gostam. Esse é um dos fatores. Claro que existem outros milhões, pensados por quem trabalha com educação. Eu sou apenas um semi-alfabetizado.

MV Bill - Eu não sei em qual espaço de tempo, mas precisamos qualificar melhor os professores e pagá-los melhor. Muitos têm que dar aulas em três, quatro escolas diferentes para sustentar sua famíli. Dessa forma, eles não conseguem dar a atenção devida a cada aluno, não conseguem entender porque ele tem dificuldade de aprendizado. Quando se fala em educação, infelizmente não há curto prazo. Curto prazo em educação acaba virando aprovação automática ou qualquer desses caminhos tortos que acabam sendo um desserviço.
Intelectuais afirmaram que "Falcão - Meninos do Tráfico" explora a miséria para lucrar e que artistas como Racionais e Consciência Humana não precisam expor as desgraças da periferia para fazer sucesso. Tiro, morte, tráfico, estupro fazem parte da maioria das letras. No raciocínio desses intelectuais, esses artistas estariam explorando a miséria das favelas para ganhar dinheiro. Vocês concordam com isso? Fernando Corrêa do Carmo, São Paulo, SP Athayde – Não vejo nenhuma incoerência nisso. Enquanto nós, que somos parte desse caos, estivermos contando o nosso cotidiano, é saudável e, quando conseguimos alguma grana com isso, muito bem. E se, por ventura, alguns de nós devolverem para esse mesmo caos algum alento a partir de trabalhos sociais, é melhor ainda. Mas esses intelectuais devem achar normal e produtivo as favelas e a sua realidade sendo retratadas por eles, como sempre foi. Devem achar melhor que nossas histórias sejam contadas em seus filmes, de preferência com renúncia fiscal, ou seja, dinheiro de todos. Esse modelo é que deve ser certo para os intelectuais. A arte não pode ser associada à exploração, o problema é que, para os asfaltistas, o que nós fazemos nunca é arte, é crime. Tenho a impressão de que, a partir do momento em que as comunidades começaram a se organizar e a contar suas próprias histórias, sejam elas tristes ou alegres, automaticamente eliminamos esses atravessadores. Eles, sim, exploradores da miséria alheia. A única coisa que nos sobrou foi a miséria e, então, temos o direito de ganhar dinheiro com ela e, quem sabe, diminuir seu efeito.
MV Bill - Eu, falando por mim e não pelo hip-hop, não vejo contradição nisso. Até porque a periferia, quando usa a arte para falar da realidade, fala das suas histórias felizes e tristes. E é a minha realidade. Não sou o cara que fiz faculdade fora e voltei para estudar a vida dos favelados. Sou parte dessa realidade. Não vejo contradição nisso. Vejo, sim, quando gente de fora, na maioria muitos desses intelectuais, entram nas comunidades, fazem sua tese de mestrado, livros, matérias de jornal e TV, e não há nenhuma contrapartida.
O filme Tropa de Elite responsabiliza o usuário de drogas pela violência que atinge a sociedade. Na música “O Bagulho é doido” você também faz tal responsabilização. O filme respondeu às suas expectativas a respeito da realidade? José Elias Aiex Neto, Foz do Iguaçu, PRMV Bill - Olha só, falando especificamente do filme, acho que é um filme importante e interessante que acaba servindo também como mais um instrumento que ajuda a pensar a realidade brasileira. Talvez o único erro, na minha avaliação, é a produção chamar aquilo de ficção quando todo mundo sabe que aquilo é a realidade. O livro tem uma realidade mais pesada e a realidade é mais pesada que o livro e que o filme, então é mais uma obra complementar. Porém, quando a gente fala do usuário, a gente está querendo mostrar que todo mundo que usa as drogas deve ter a consciência de que parte do seu consumo pode estar vindo com a vida de alguma pessoa. Mas, por outro lado, acho que ele não deve ser o único criminalizado por conta disso. Seria até meio demagogia, já que existem outras coisas muito maiores que acabam fomentando uma criminalidade. Não é somente o usuário que ajuda nisso, mas ele também não pode escapar da responsabilidade. 


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Formando um ser humano de caráter



1 - Educação em 1 lugar - Educar para transformar e crescer. Uma base Familiar que pregue a moral e a ética, com amor e firmeza são atributos a serem passados sempre e valerão mais que tudo na vida.

2 - Tudo que você precisa é amar - Não será fácil! Mesmo por quem te ama você será julgado e até mesmo magoado, mas quando se ama, se perdoa e esse será sempre o melhor caminho, por mais turvo que possa parecer, escolha o amar sempre!


 3 - Caridade - Se você tem, dôe, se não tem ajude, o importante é contribuir da forma que puder, se cada um de nós fizessemos a nossa parte, por menor que seja já estaremos contribuindo para um mundo melhor.

 4 - O bom humor é o melhor remédio - A mente humana pode variar absurdamente entre momentos de entusiasmo e momentos de tristeza, e é importante aprender a sentir esses dois extremos, mas quem sabe dosar a vida com bom humor terá muito mais momentos de alegria do que propriamente de tristeza.


5 - Boas referências culturais - Ninguém é velho demais ou novo de menos que não possa aprender sobre o próprio contexto histórico sabendo que existe pelo menos um livro contando sobre algo que você quer saber, afinal tudo já foi vivido por outras pessoas que deixaram um legado que deve ser mantido pelas novas gerações. 

6 - Você não é melhor nem pior que ninguém - A vida pode te colocar em posições honrosas, te rotular e te dizer que você é ótimo e você pode se sentir incrível e valorizado, mas mantenha os pés no chão, você sabe que sempre pode melhorar.



7 - Leis naturais - A natureza não está nem contra e nem a favor de ninguém, um dia de chuva pode te lembrar o quanto é bom estar ao ar livre num dia de sol, e um dia de sol pode te lembrar do quanto é gostoso tomar um chocolate quente num dia de chuva. Basta sentir o mundo e escolher se quer ser uma pessoa otimista ou negativa. A morte por exemplo pode ser o fim ou uma passagem.


8 - Amor ao próximo - O mundo estaria muito melhor se as pessoas se colocassem no lugar das outras. Não teriamos guerras ou corrupção, nossas crianças teriam um mundo onde viveriam seguras pois todos saberiam que poderiam contar com uns com os outros.

9 - Dinheiro não compra felicidade - Claro que numa sociedade capitalista precisamos sim de dinheiro para vivermos com dignidade, mas saber que o dinheiro não traz felicidade é algo que devemos exercitar dentro de nós, pois achar o contrário é uma ilusão, felicidade é um estado de espírito adquirido com o conhecimento de nós mesmos e de nossas emoções. Comprar algo pode te trazer satisfação, mas não confunda com felicidade que não é algo que necessita de bens e sim de auto-conhecimento.

10 - Respeitar para se preservar - Dê sua opinião quando lhe for pedida. Entrar em uma discussão só irá lha desgastar física e emocionalmente, trabalhe isso dentro de você, aceita a opinião do próximo e pense duas vezes antes de discordar e peitar alguém, o melhor é se preservar, procurar entender o por quê da divergência de opinião e dai sim rebater caso sinta necessário, escolha suas batalhas.

se você já faz algumas das dicas acima Parabéns você está no caminho certo! se não comece hoje a exercitar essas qualidades. SEJA A MUDANÇA QUE QUER VER NO MUNDO!
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terça-feira, 22 de setembro de 2015

Postmodern Jukebox transforma hits atuais em "clássicos" do jazz, blues e country




 Sabe aquela música chicletes, aquele sucesso fácil que gruda nos ouvidos e não há nada que possa tirá-lo de lá? Pois bem, algumas dessas canções de fama temporária ganharam roupagem vintage, tiveram seu ritmo modificado e são destaque na internet e no mundo do show business. O autor dessa façanha é o músico norte-americano Scott Bradlee, capaz de transformar qualquer canção pop em um "clássico" do jazz, do country ou do blues. Bradlee faz isso há muito tempo, mas só se tornou mais conhecido há pouco mais de dois anos, quando fundou o Postmodern Jukebox, grupo que faz releituras bem humoradas e muito criativas do pop de alto consumo.

O sucesso é tanto que a agenda do grupo está cheia, com 50 apresentações marcadas até junho na Europa, Estados Unidos e Canadá. Entre as principais razões para o bom momento do Postmodern Jukebox estão a qualidade dos músicos que formam a banda, os arranjos criativos e a ambientação dos vídeos, alguns com direito a figurinos de época. O bom humor também é fundamental. Basta ver como o grupo se diverte ao pegar, por exemplo, "Anaconda", de Nicki Minaj, e a transformar em uma canção blues grass, uma das mais tradicionais correntes da country music. E por aí vai. "All about that bass", de Meghan Trainer, virou uma peça de cool jazz, com solos de contrabaixo e bateria suave.

As opções são muitas. Há pelo menos 80 vídeos do Postmodern Jukeboox no YouTube, cada um mais interessante que o outro. Confira aqui seis desses arranjos e veja que o pop contemporâneo pode virar uma canção vintage:

                                                             "Anaconda" (Nicki Minaj)


                                                      "All about that bass" (Meghan Trainer)

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A importância da arte no desenvolvimento da criatividade


Qual é a importância da arte?

O mundo como nos conhecemos é uma instigante obra de arte, desde suas vastas florestes e rios até suas áreas mais inospitas ele nos apresenta um desbunde de cores e paisagens deslumbrantes, uma verdadeira realização divina. E nós humanos estamos sempre buscando uma melhor harmonia visual e material, por isso nos sentimos tão bem ao ar livre, pois ali temos todo tipo de arte para prestar atenção e quando nos deparamos com arquiteturas, músicas, pinturas e monumentos bem projetados por outros humanos que tiveram a destreza e o dom de criar uma nova paisagem ou conteúdo áudio visual sentimos estarmos em comunhão com o que nossos olhos observam ou nossos ouvidos captam.



A esse processo único e maravilhoso que é o de contemplar a realização de algo antes vivo apenas em pensamento em algo palpável creditamos o nome de arte. 
Mas como desenvolver uma habilidade para transformar o nada em arte?
Bom primeiro temos que dá asas a imaginação, e sim todos temos essa capacidade de imaginar e sonhar.
Podemos estimular nossa imaginação de diversas maneiras, então não há desculpa para negar o artista dentro de você. Ele está lá! Pode estar adormecido e como alguém que se levanta depois de tantas horas está em estado de inércia, o seu artista interior precisa de algo para o ajudar a levantar. 
E quando a arte tocar seu interior mais intimo você perceberá que a sua vida ganhará um toque muito especial e você terá achado um propósito genuíno para continuar vivendo. Você prestará mais atenção aos pequenos detalhes antes imperceptíveis como o quanto você se dedica a chegar em algum lugar, sem se dar conta da beleza que existe no caminho até a sua chegada. 

Temos um mundo repleto de artistas incríveis, patrimônios históricos da humanidade como o Cristo Redentor que atrai milhões de turistas e fieis ao redor do mundo. Agora você imaginaria o Rio de Janeiro sem o Cristo? Não seria a mesma coisa, então veja a importância da arte para uma cidade. 
Ou você acha que Nova Iorque seria tão visitada se não fosse a Times Square onde a arte flui de maneira grandiosa com seus teatros e painéis super iluminados com todo tipo de conteúdo a dispor da cidade e de seus habitantes. Se em New Orleans não houvesse a premissa de encontrar um barzinho com um bom blues tocando e dando vida ao lugar. 
A Arte é uma forma de expressar o que cada um sente no íntimo. Ela traduz as experiências de vida, além de ser um veículo de informação.


Em cada trabalho artístico é percebido uma certa tendência , um estilo de época marcado por fatos que atingem a sensibilidade do artista. O artista coloca suas emoções na obra. Podemos ver arte em todos os cantos e dos mais variados jeitos. Quando torcemos por nosso time do coração, torcemos pois ali nos identificamos com as cores, o ritmo e cantos da torcida, ali vemos uma arte em que podemos extravasar e ao mesmo tempo nos divertir, um verdadeiro espetáculo e uma verdadeira arte feita pela união de um todo. Na culinária somos todos os dias agraciados pela arte do preparo e da degustação. No conforto de nossas casas, que só é confortável pois arrumamos e decoramos da maneira que mais nos agrada. Então quando pensamos em arte, pensamos em tudo que é feito para agradar um gosto ou mesmo vários gostos ao mesmo tempo. Se não fosse por nosso senso crítico para definir o que é agradável do que puramente não é, viveriamos ainda na Era das cavernas, então a arte em nossas vidas é fundamental para continuarmos nossa caminhada dia a dia com dignidade e sermos felizes. Uma dica que eu deixo aqui é a de vez em quando repaginar seu guarda roupa ou mesmo pintar sua casa, dar cores a sua rotina que pode ou não estar muito preto no branco. A arte está ligada à estética, porque é considerada uma faculdade ou ato pelo qual, trabalhando uma matéria, a imagem ou o som, o homem cria beleza ao se esforçar por dar expressão ao mundo material ou imaterial que o inspira. A arte é um reflexo do ser humano e muitas vezes representa a sua condição social e essência de ser pensante.

dica de post antigo: http://baudalenda.blogspot.com.br/2014/12/decore-sua-casa-com-feng-shui.html






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quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Reiki - A Origem do Kamehameha


A energia ki


Um fato que se tornou um consenso entre todas as religiões e ciências é que tudo no Universo é formado pela mesma substância vibratória, uma energia muito sutil, cuja quantidade mínima, indivisível, é chamada de quantum de ação pelos físicos. Sendo assim, matéria, energia (mecânica, gravitacional, eletromagnética, térmica e vital) e consciência se distinguem apenas pela concentração e taxa de vibração de uma mesma substância universal.

Por milhares de anos o Taoísmo ensinou que tudo é feito de uma energia sutil que carrega as forças psíquicas e vitais (- chinês: qi; japonês: ki/ke). Matéria, chamada no Taoísmo de essência ( - C: jing; J: sei/shou), é uma massa de Ki bruta, concentrada. Espírito ( - C: shen; J: shin/jin) é uma nuvem de Ki plena. O I Ching diz que tudo o que é material é formado por quantidades diferentes de dois elementos opostos que chamam de Yin (, "negativo", "sombra", "frio", "feminino", "pequeno") e Yang (, "positivo", "luz", "quente", "masculino", "grande").

Taoísmo vem de Tao (, também chamado Dao; significa "caminho", "modos", "moral"). É a fonte do Universo, a existência superior. É como Deus, mas é impessoal. O objetivo dos monges taoístas é transformar sua essência em energia e sua energia em espírito, santificando-se, elevando-se acima da vida física.


 
KI: A Energia Básica

O Kanji Ki é formado por dois radicais: Vapor e Arroz. Arroz? Sim, arroz. Não sei exatamente o que esse radical representa nesse contexto, mas tenho duas hipóteses. Constituindo a alimentação básica na China, o arroz representa a vida. Nessa qualidade, é utilizado como radical na composição de vários kanjis relacionados a alguma idéia derivada de vida. Provavelmente foi escolhido no lugar do próprio Kanji que representa a vida porque este não é simples o suficiente para ser usado como radical, enquanto o Kanji arroz o é. Então, o significado original de Ki seria "vapor de vida". E é assim que Ki é representada artisticamente, como um fluído ou vapor carregado de energia de força vital. Minha segunda hipótese é que o caractere refira-se ao vapor que sobe do arroz cozido.

Todos os povos primitivos de grande espiritualidade e superstição possuíam a noção de uma força fluída invisível que preenche a natureza e anima os seres vivos, estando ligada diretamente à qualidade da saúde e entrando no corpo pela respiração. Em resumo, atribuíam ao ar a fonte da vida e da saúde. Cada cultura deu-lhe um nome: Qi na China, Ki no Japão, Prana/ Shakti/ Kundalini na Índia, Ti no Havaí, Mana na Oceania, Aither (éter) e Pneuma na Grécia, Aether (éter), Aura e Spiritus (espírito) em Roma. Com o passar do tempo foram criados mais nomes: Quintessência, Vril, Força Ódica, Orgone, Bioplasma, Telesma, Baraka, Magnetismo Animal, Força Vital, Fogo Cósmico, Fogo da Serpente, o Dragão da Terra, a Força. Praticamente todas as doutrinas de artes marciais, de esoterismo e de filosofia e metafísica baseadas no Taoismo apresentam esse conceito de energia espiritual, ou Ki.

Voltemos ao caractere chinês empregado no Taoismo. Qualquer que seja a interpretação do ideograma Ki, ele sempre representa algum tipo de energia de natureza espiritual. Na sua origem a energia representava o aspecto do espírito que se refere à força vital. Com o tempo, essa energia passou a representar também o aspecto do espírito que se refere ao humor e ao pensamento. Em resumo, Ki é a energia vital e psíquica.

Segundo a crença, Ki tem um papel importante em tudo o que fazemos. Para favorecer o equilíbrio orgânico e espiritual, pode ser acumulada e guiada pela mente. Os chineses levam muito a sério a Ki, que chamam de Tchi (dependendo do sistema de romanização pode ser escrito Qi, Chi ou Ch'i). Estudaram a energia Ki por centenas de anos e descobriram que há vários tipos diferentes de Ki. O "Clássico de Medicina Interna do Imperador Amarelo", de mais de 4 milênios de idade, lista 32 diferentes tipos de Ki.

Traduzindo Ki

Quando traduzindo do Japonês para o Português devemos ter em mente que uma tradução exata é difícil. A língua japonesa possui vários níveis de significado, variando do mundano ao altamente místico. Portanto o contexto no qual a palavra está sendo usada deve ser considerado quando da tentativa de comunicar sua essência. Ki é freqüentemente definido em dicionários como "espírito", "mente", "humor", ou até "ar", mas é uma das diversas palavras japonesas que não têm uma correspondente ocidental. As traduções mais corretas são aura, ar e pneuma, no seu sentido original. Ou seja, quando referir-se à energia fluída de força vital, trata-se da concepção original de AR; quando referir-se à situação em que uma sensação forte está "no ar", trata-se de AURA. A concepção grega de éter é de uma substância igual à Ki, mas que não carrega a energia da vida como a Ki. Já a pneuma é praticamente idêntica à Ki, pois representa o espírito aéreo responsável pela saúde; considero a tradução mais apropriada para Ki.

Outra forte candidata a tradução de Ki é a palavra Espírito, que inclusive é como o gênero de Ki Anime foi traduzido em inglês. É importante salientar que o sentido original da palavra latina spiritu é sopro, e acabou representando o sopro de vida, igualando seu sentido à concepção original de Ki. Mas spiritu não representava a energia do humor ou do pensamento. Mais de dois milênios depois uma gama enorme de significados é atribuída a tal palavra, inclusive o sentido que antes lhe faltava. Assim, espírito é a única palavra que representa todas as qualidades de Ki ao mesmo tempo.

O que torna perigoso usar espírito como tradução para Ki é justamente a quantidade enorme de interpretações que tal palavra latina pode sofrer. Entretanto, hoje em dia, éter refere-se a uma substância química, aura à irradiação de energia dos organismos vivos, e espírito a diversos estados de consciência. Sendo Ki a energia da vida e da mente e sendo espírito ao mesmo tempo a força vital e a consciência, energia espiritual é a melhor traduçào de Ki.

Na verdade, o grande problema dessa tradução é que os conceitos de mente, alma e espírito cada vez mais se diversificam, adquirindo sentidos e usos variados. Não sou linguista, mas creio que posso afirmar com bastante segurança as seguintes definições. Espírito, na concepção original, é o sopro de vida, a energia etérea que anima o corpo. A mente, por sua vez, é a consciência individual de cada animal, ou seja, o conjunto dos seus pensamentos, sentimentos e sensações, sendo baseada no cérebro. As características de cada mente vêm da alma, ou seja, da predisposição psicológica que é a essência de cada ser. Através da mente, a alma interage com o mundo. Os efeitos dessa interação se refletem na mente, mas certamente jamais alteram a alma.


Ki Como Energia Vital

Ki é a força da vida, a energia imaterial onipresente que no seu fluxo anima todos os seres vivos e permeia o Universo, ligando todas as coisas como um todo. É a energia básica que media o físico com o espiritual, através da qual o humor e o pensamento agem sobre o mundo físico. Sendo fluída e onipresente, os antigos a consideravam o próprio ar; como tem a ver com o estado de espírito, associavam a ela também o humor. Sua qualidade determina sua cor, que só pode ser vista por pessoas sensitivas.

Enquanto um ser está vivo, possui força vital circulando-o e cercando-o; quando morre, a força vital o deixa. Se sua força vital está baixa, ou há restrição no seu fluxo, se sentirá fraco e estará mais vulnerável a doenças. Quando está alta, e fluindo livremente, dificilmente adoecerá e sentir-se-á forte, confiante, e preparado para enfrentar a vida.

Recebemos Ki pelo ar que respiramos, pela comida, luz solar, e pelo sono. É possível também aumentar nossa Ki usando exercícios de respiração e meditação. Ki é usada por artistas marciais no seu treinamento físico e desenvolvimento espiritual. É usada em exercícios de respiração meditativos chamados Prana-yama, e pelos xamãs de todas as culturas para adivinhação e ciência, manifestação e cura psíquicas. Todos os curandeiros trabalham com a energia Ki, embora cada um a chame e a entenda como quiser.







Ki Como Energia Psíquica

Um atributo importante da Ki, já mencionado, é que ela responde a pensamentos e sentimentos. A força do fluxo de Ki sobre um organismo é diretamente proporcional à qualidade dos pensamentos e sentimentos do indivíduo. São nossos pensamentos e sentimentos negativos que causam interrupções no fluxo de Ki. Os locais onde pensamentos e sentimentos negativos se concentram é onde o fluxo de Ki se restringe. Nesses pontos o organismo funciona mal e podem surgir doenças. Mesmo a medicina ocidental moderna reconhece a influência da mente sobre a condição orgânica e muitos médicos ocidentais apontam 98% das doenças como conseqüência direta ou indireta do estado de espírito do doente.

Deve ser compreendido que a mente não existe apenas no cérebro; este é apenas seu centro funcional, mas o sistema nervoso estende a consciência e subconsciência a cada órgão e tecido do corpo. Ademais, a parapsicologia sabe que a mente se estende num sutil campo de energia de cerca de 60 a 90 centímetros chamado Aura. Por causa disso, não se pode analisar separadamente a mente do corpo, já que estão tão ligados. Tal como o estado da mente é influenciado pelo estado do corpo, este é influenciado pelo estado de espírito. Isso são fatos; se são conseqüências da Ki é uma questão de crença.

O maior problema são os pensamentos e sentimentos negativos alojados no subconsciente, pois não estamos cientes deles e portanto não podemos mudá-los ou eliminá-los por nós mesmos. É aí que entra a cura por Reiki, por exemplo. Sua doutrina alega que, através de suas técnicas, a Ki é guiada pela Consciência Divina, portanto sabe exatamente a onde ir e como responder a restrições no fluxo de Ki. Ao fluir numa área sem saúde, a Reiki "lava" quaisquer pensamentos e sentimentos negativos e os elimina, independente de o indivíduo conhecê-los ou não. Assim, sendo livre de consciência e influência tanto do curandeiro quanto do paciente, o método de cura Reiki vem se tornando cada vez mais popular no Ocidente.

Reiki: Ki Universal

Reiki hoje em dia refere-se a uma técnica de canalização manual de Ki para fins curativos e está se difundindo pelo mundo. Mas esta palavra aparece em alguns mangás e animes no lugar de apenas Ki por ter significado mais abrangente.

Rei significa: espíritos em geral; o aspecto espiritual do ser humano em oposição ao físico; espírito (dos mortos), fantasma, alma; qualquer coisa relativa aos falecidos; bondade, bom, excelente, eficaz; esperto; vida; um ser vivo, um ser humano; divino, carismático, sobrenatural, misterioso; a luminosidade do espírito, de um deus ou de um sábio; habilidade espiritual inconcebível, poder carismático, carisma, maravilhoso, uma maravilha; uma pessoa ou ser com poderes espirituais ou sobrenaturais, um xamã; um ser ou fera sobrenatural (mítico), uma fada, um elfo; puro; brilhante, claro; um apelido

Os místicos do método de cura Reiki afirmam que numa idéia mais profunda e completa Rei representa a Consciência Superior (Deus, ou Tao, no caso) e chamam Reiki de variações da expressão Energia de Força Vital Universal ou Cósmica.


Quatro formas de escrever Reiki: Japonês Moderno, Chinês (lendo-se Ling Qi),
Japonês Antigo (sendo os três ideogramas) e Katakaná (fonogramas).

Touki: Ki de Luta

A filosofia de diversas modalidades de artes marciais fundamentam-se no controle da Ki para aumentar a resistência e força físicas a níveis extraordinários (Kung-fu/Quanfu, Aikidô) ou apenas para manter a saúde (Tai-chi). O mesmo ocorre com os quadrinhos, animações e videogames japoneses. Neles, a Ki empregada é referida como de luta (tou-ki, geralmente traduzido como ‘espírito de luta’) e é manipulada em ataques na forma de energia mágica.



Nos casos citados, a Ki de Luta é a manifestação violenta da Ki quando o indivíduo mergulha em profunda concentração, alcançada pelos artistas marciais através de treinamento especial e pelos fictícios lutadores através de excepcional vontade de vencer o combate. Em ambos os casos, a Ki que envolve o corpo pode ser reunida nos punhos e pés durante golpes capazes de quebrar objetos extremamente sólidos.

Análise Científica

Se você não pode acreditar nisso ora por simples incredulidade ora por fé, não esqueça que virtualmente todas as práticas relacionadas a Ki são verídicas e algumas até comprovadas cientificamente. Isso porque, provavelmente, a Ki da Aura é a energia projetada pelo corpo durante seus vários processos biológicos, como os fluxos de sais e os sinais elétricos gerados pelo sistema nervoso.

Isso significa que há uma grande probabilidade de os princípios da Ki serem meros processos físicos. Se isso for comprovado, os princípios da Ki deixarão de pertencer ao campo metafísico para fazer parte do campo científico. Obviamente, o mesmo não pode ser dito do CONCEITO ORIGINAL de Ki, que certamente é totalmente metafísico. Para poder entender esta análise, é necessário entender que o CONCEITO de Ki e os PRINCÍPIOS de Ki são duas coisas distintas. O conceito é uma causa, que, para muitos, pode parecer deveras fantasiosa. Já os princípios são a conseqüência, ou seja, fenômenos reais que ainda não foram explicados cientificamente, ao menos não que eu saiba. Se forem explicados, um NOVO CONCEITO surgirá, concedendo aos princípios da Ki uma CAUSA CIENTÍFICA que substituirá a CAUSA METAFÍSICA original.

Mas voltemos à análise da Aura e suas possíveis características e causas físicas. O sistema nervoso funciona à base de impulsos elétricos através de íons, partículas com carga elétrica que compõem os sais. Correntes elétricas, que são um fluxo de campos elétricos, produzem campos magnéticos, e esse conjunto caracteriza a emanação de energia eletromagnética. Segundo esse raciocínio, a Aura nada mais seria que todo o campo eletromagnético formado pelos organismos animais. Quanto à idéia de a energia da Aura vir pela respiração e pela alimentação, sabemos que os principais combustíveis das células nervosas são o oxigênio e a glicose. Considerando que o sistema nervoso capta praticamente todas as informações referentes à condição do organismo (sua saúde), mesmo que não sejamos completamente cientes delas, o campo projetado por seus sinais, se detectado, poderia ser usado para identificar problemas de saúde, talvez até da saúde mental. Na verdade pouco se sabe a respeito, mas é possível que no futuro se venha a confirmar tudo isso.

Se a Aura funciona tal como me parece, talvez campos energéticos externos que venham a entrar em contato com uma Aura possam influenciá-la, mesmo que sutilmente, invertendo o processo normal de forma a estimular o sistema nervoso - para bem ou para mal. Como o encéfalo (cérebro, cerebelo, bulbo etc.) está especializado em reconhecer estímulos eletromagnéticos, um outro campo talvez possa estimulá-lo também. Podemos ir até mais longe: uma Aura muito forte poderia talvez emitir pensamentos, sentimentos e sensações que poderiam ser captados por uma pessoa com alta sensibilidade a esses sinais; tal fenômeno caracterizaria a tão discutida telepatia.

Se tudo isso for verdade e uma Aura com energia excepcional por algum desequilíbrio mental entrasse em atividade intensa, poderia causar fenômenos ditos sobrenaturais ou paranormais, como por exemplo a telepatia, a combustão expontânea e façanhas físicas (de faquires e artistas marciais) que vez ou outra vemos na TV hoje em dia. Além disso, eu soube que a técnica chinesa de ChiKung/QiGong (Prática de Ki) empregada pelo renomado Yan Xin já teve sua influência sobre a matéria estudada em laboratório várias vezes, comprovando que funciona, seja uma energia básica esotérica, seja uma energia física. E não podemos esquecer que os chakras (pontos de convergência de Ki) coincidem com os plexos (emaranhados de nervos) e órgãos vitais, o que apenas reforça a teoria de tratar-se da energia do sistema nervoso.
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terça-feira, 8 de setembro de 2015

Ensinamentos Filosóficos de Naruto

Uma verdade que acontece nos desenhos animados de hoje é que estão cada vez mais infantis, aderindo uma tendência dos estúdios de animação de retirar qualquer fração de violência que em alguns anos atrás era retratado com uma boa dose de lutas e temáticas adultas. A partir disso podemos tirar varias conclusões, algumas positivas e outras negativas. Eu particulamente penso que é mais uma forma de colocar rédeas curtas no desenvolver intelectual das próximas gerações, penso que limitar a quantidade de sangue ou palavrões de um determinado conteúdo algo com a intenção de proteger a pureza ou inocência de nossas crianças. Porém essa camada que vêm cuidadosamente sendo colocada por empresas como Disney e Pixar acaba por criar uma "não violência manipuladora e ilusória" ou uma mentira, pois não será por ver um programa ou outro que tornará o mundo um arco iris. Hoje temos uma grande leva  de jovens sem imaginação e com dificuldade de interagir com o mundo que os cerca. Isso é um espelho de diversas situações da cultura a qual eles são apresentados. Na minha opinião esses jovens são colocadas em redomas de vidro que gira em torno de uma falsa perspectiva do que é a vida realmente.

Bom é ai que finalmente podemos começar a falar de "Naruto" um anime atual que foge a esse estigma dos novos desenhos e apresenta um jovem que cresce solitário por sofrer um grande preconceito dos moradores da vila em que vive, Konoha. Lá ele aprende desde muito novo o que a mente humana é capaz de fazer quando está mal intencionada. Aprende a dar valor aos seus instintos e crenças. Ele vê o mundo com outros olhos, diferente das outras crianças ele é extrovertido e mesmo crescendo como um orfão cercado dos piores preconceitos que uma sociedade pode demonstrar ele não perde o brilho nos olhos quando se trata de acreditar em seus sonhos.



Agora espero que já tenha começado a fazer sentido a pequena crítica feita aos outros desenhos super protetores a que me referi acima. Quando digo "não violência manipuladora e ilusória" me refiro a todo tipo de violência que é retirada de certas produções ao meu ver incorretamente. Não estou defendendo a violência de maneira nenhuma e sim uma real proteção contra ela, pois se nossos jovens não souberem do que se trata, como eles vão se preparar para lutar contra ela, entende?

Essa manipulação acaba por criar individuos com um senso crítico cada vez mais fraco e pobre, serão sempre os coitadinhos da mamãe, não saberam lidar com situações "simples" como uma bronca do chefe, muitas vezes se tornando e se colocando como adultos mimados e sem virtudes que deveriam ter sido desenvolvidas na infância. 

De novo não estou defendendo a violência nas histórias infantis, sou a favor da diminuição e não da total exclusão de assuntos sociais empregados a ela. Voltando ao nosso ninja Naruto podemos ver que a trama se desenrola de maneira magnifica, a trajetória desde a infância do personagem cercado por problemas sociais até sua formação superior da fase adulta. Ele passa por todos os tipos de ensinamentos que em muitas vezes são duros, mas que acabam por torná-lo melhor e é isso que eu defendo tão veementemente na forma como as histórias devem ser contatas por quem trabalha nessa indústria megalomaníaca da fabricação de história infanto-juvenis.

Devemos lutar contra essas produções fracas de algo substancial e verdadeiro para passar para nossos jovens. A vida deve ser apresentada como ela é, com todas as turbulências e complexidades a qual Deus atribuiu perfeitamente a ela, a vida é sim bela e pode ser turbulenta e é dai que vêm toda a sua beleza. 

Agora tenho que dar os parabéns ao criador Masashi Kishimoto por criar essa obra prima corajosa e verdadeira que é "Naruto", trazendo varias lições como o valor das amizades, o respeito a hierarquia e aos bons principios, aos valores do trabalho duro, de ter autencidade, honestidade, de não desistir jamais, de ter objetivos nessa vida, enfim, são diversas lições que somos apresentados em "Naruto" e para finalizar espero que possamos ver novas obras com conteúdos tão relevantes quanto ao que somos submetidos em "Naruto" e "Naruto Shippuden".



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