quarta-feira, 17 de setembro de 2025

Demon Slayer: Kimetsu no Yaiba — Castelo Infinito é espetáculo cinematográfico visceral

 review por Jorge Boruszewsky

Quem acompanha o anime Demon Slayer: Kimetsu no Yaiba, já está ciente da estratégia de transformar arcos do mangá criado por Koyoharu Gotouge em filmes e depois dividi-los em episódios, lançando como uma temporada do anime regular. E depois de já ter visto esse processo acontecer inúmeras vezes, é inevitável não encarar isso como uma estratégia para alongar ainda mais a vida útil da série, assim como foi feito com Attack on Titan nas suas sagas finais

Porém, diferente do anime dos gigantes, Demon Slayer sempre executou melhor a sua qualidade técnica, entregando espetáculos visuais melhorados a cada novo lançamento. E Demon Slayer: Kimetsu no Yaiba — Castelo Infinito, filme lançado em julho no Japão e no dia 11 de setembro, aqui no Brasil, é mais uma prova disso. Aliás, o filme foi a terceira maior estreia nos cinemas de 2025 em nosso país, ficando atrás somente de Invocação do Mal 4 e Lilo & Stitch

Visualmente lindo em todas as suas (muitas) cenas de luta e com um 

ritmo frenético logo no início, Demon Slayer: Kimetsu no Yaiba — Castelo Infinito, cumpriu todas as expectativas geradas desde quando encerrou o Arco do Treinamento dos Hashiras, lá no episódio 63 do anime. E é justamente aí que o filme começa, quando o mestre dos Hashiras, Kagaya Ubuyashiki, se sacrifica para deter o vilão Muzan Kibutsuji, que consegue sobreviver e ainda leva os nossos heróis para dentro do seu domínio, o Castelo Infinito do título do longa. 



Os Hashiras só querem vingar o seu mestre

Dali em diante vemos os caçadores sendo separados e lutando individualmente (ou em dupla) contra os Luas Superiores, os demônios mais fortes do esquadrão das Doze Kizuki, que servem diretamente a Muzan, o rei dos demônios. 

Cena da melhor batalha do filme

Demon Slayer: Kimetsu no Yaiba — Castelo Infinito entrega tudo o que já vimos no anime. Lutas fenomenais; técnicas com um visual de encher os olhos; muitos sacrifícios e histórias tristes de personagens do lado dos mocinhos e dos vilões. Talvez aí esteja o motivo do longa receber a classificação para maiores de 18 anos, já que os flashbacks contando o passado de algumas pessoas é digno de qualquer filme de terror no estilo gore, com sangue escorrendo pela tela e cenas de cortar o coração. E falando nessas lembranças que nos são apresentadas, talvez sejam nelas que o filme se estenda um pouco demais, perdendo o timing de algumas lutas e tirando toda a construção épica que acabou de ser mostrada na batalha. Um dos maiores exemplos disso é a luta final, na qual Tanjiro e Giyuu Tomioka (Hashira da Água) enfrentam Akaza, o Lua Superior de número 3. 

Akaza é um adversário difícil de ser derrotado

Mesmo indo ao cinema e sabendo que estava vendo uma “série compilada em um filme”, fica aquela sensação de que Demon Slayer: Kimetsu no Yaiba — Castelo Infinito poderia ter sido algo com mais cara de filme. As suas 2h35 provam que ele é praticamente uma temporada de anime sendo maratonada em tela grande. Claro, essa é a única ressalva, já que temos lutas memoráveis, personagens arrancando gritos de euforia da plateia toda vez que uma técnica inédita era apresentada e uma animação impecável, mantendo a qualidade que sempre foi marca registrada dessa produção do estúdio Ufotable. 

Prepare-se, pois esse é apenas o primeiro filme da trilogia do Castelo Infinito, que terá a sua conclusão em 2029.


fonte: https://www.vigilianerd.com.br/demon-slayer-kimetsu-no-yaiba-castelo-infinito-e-espetaculo-cinematografico-sem-timing/

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