quarta-feira, 4 de maio de 2022

Investir transforma vidas e a XP tem como te ajudar

 



Esqueça as taxas mensais dos bancos. Pense em taxa zero para abertura e manutenção de conta. Opções de investimentos para todos os perfis e momentos de vida. Experimente a XP, que está revolucionando e transformando o mercado financeiro para melhorar a vida de milhões de pessoas. Afinal, para a XP “Investir transforma”. 

A história 
A história começou no mês de maio de 2001 quando o carioca Guilherme Benchimol (foto abaixo), um economista formado pela na Universidade Federal do Rio de Janeiro, foi demitido da Investshop, corretora na qual trabalhava. Decidiu então ir para a cidade de Porto Alegre para tentar um novo começo e, no mesmo ano, fundou juntamente com Marcelo Maisonnnave e capital inicial de R$ 15 mil um acanhado escritório de agentes autônomos que funcionava em uma sala de 25 m², possuía dois estagiários, além de 10 computadores usados comprados de uma lan house. Sem criatividade para o nome do novo negócio, Benchimol sugeriu a sigla XPTO, a ser usada como algo temporário. Maisonnave disse que usaria as duas primeiras letras, XP, que indicava expertise. Surgia assim a XP Investimentos. O desejo dos sócios era ajudar pequenos investidores e pessoas comuns a investirem no mercado de ações, democratizando esta prática no Brasil. Ou seja, conectar investidores a corretores.
   

Mas no início, a nova empresa enfrentou dificuldades devido ao péssimo momento econômico pelo qual atravessava o Brasil. 2002 foi negativo para o mercado de ações em virtude da alta valorização do dólar. Com isso, o mercado de ações apresentou constantes quedas, o que dificultou a captação de clientes pela XP. Foi então que os sócios identificaram que a falta de informação e familiaridade com o mercado de ações era um dos fatores que mais dificultava a conquista de novos clientes e, dessa forma, viram na educação financeira uma oportunidade de negócio e passaram a oferecer cursos. Inicialmente, as aulas eram dadas de forma improvisada, no salão de festas do prédio onde estava localizada a XP, mas os resultados surpreenderam: alguns dos inscritos, atraídos por anúncios publicados no popular jornal Zero Hora, foram convertidos em clientes. Um dos primeiros cursos rendeu R$9 mil à XP Investimentos. A mesma fórmula foi replicada em outras cidades do Rio Grande do Sul e, em pouco tempo, expandida para outros estados. Assim foi criada a XP Educação, que hoje em dia oferece cursos e palestras gratuitas sobre investimentos, sendo a maior instituição de educação financeira do país.
  

Em 2005 nasceu a XP Gestão de Recursos, uma empresa de administração de recursos. Mas um passo importante em sua história foi dado em 2007, quando a XP adquiriu a AmericaInvest, passando então a agir como corretora de valores, deixando de ser um escritório de agentes autônomos. A partir de então, a XP Investimentos começou a bater ainda mais forte na tecla de que os brasileiros não deviam deixar seu dinheiro parado nos bancos. Os anos de crescimento da XP tiveram uma pausa abrupta ao fim em 2008. A crise internacional, provocada pelo colapso do banco Lehman Brothers, derrubou o Ibovespa e os resultados minguaram. A XP, que havia acabado de se tornar uma corretora de ações, demitiu e reduziu salários. Porém em meio a essa crise, veio a diversificação. A XP criou a área de seguros e passou usar a sua rede de agentes para vender apólices. Também apostou na área de grandes investidores institucionais, que havia sido criada no ano anterior à crise, e que passou a representar até 80% do volume negociado na XP, com a fuga dos investidores do varejo.
   

A retomada da Bolsa de Valores já em 2009 trouxe alívio e a XP foi para o ataque com propagandas na TV e na mídia impressa, que nos anos seguintes seriam estreladas por Murilo Benício e Luciano Huck. Nessa época a XP já era a número 1 entre as corretoras independentes, contando com um número de 5 mil clientes ativos. Outro ponto de virada na história da XP aconteceu a partir de 2010, quando os sócios da empresa ouviram falar pela primeira vez da Charles Schwab, uma gigantesca corretora norte-americana fundada em 1971. A empresa revolucionou o mercado de investimentos dos Estados Unidos, criando uma espécie de “shopping financeiro” e espalhando sua rede de agentes de investimentos por todo o país, batendo de frente com os tradicionais e poderosos bancos de Wall Street. A XP, que sempre defendeu a “desbancarização” do setor de investimentos, viu na Charles Schwab o modelo perfeito para escalar. Desse momento em diante, a empresa estudou ao máximo o modelo de negócio e crescimento da norte-americana e o colocou em prática aqui no Brasil. Com isso, começou a diversificar a plataforma de produtos inspirada na corretora americana, com a intenção de transformar a XP em um “supermercado financeiro” ao diversificar suas receitas de comissões. E foi aí que a XP revolucionou o mercado ao ser a primeira assessoria de investimentos do Brasil a oferecer a melhor taxa de todas: a TAXA ZERO.
   

Ainda em 2010, a XP recebeu seu primeiro aporte financeiro feito pelo fundo inglês Actis no valor de R$ 100 milhões por 20% da empresa. Nessa época, a XP já começava a incomodar grandes brancos e foi considerada a corretora responsável pelo maior número de negociações dentro da B3. Após 10 anos de atuação no Brasil, em 2011, a XP iniciou sua expansão internacional com a fundação do seu primeiro escritório fora do Brasil, na cidade de Nova York. A operação nasceu com o objetivo de atender a fundos americanos com investimentos em mercados brasileiros e também clientes latino-americanos que investem no exterior. E foi a partir desse ano que a XP intensificou as operações de aquisição e fusão ao incorporar a Interfloat, corretora líder no segmento de investidores pessoa física com perfil profissional; e comprar o portal de informações financeiras InfoMoney, com o objetivo de oferecer um serviço de informações e ferramentas relacionadas a investimentos para seus clientes. Em 2013, a General Atlantic e o fundo Dynamo compraram 31% da XP e investiram cerca de R$ 155 milhões na empresa. Com isso, no ano seguinte a empresa adquiriu por R$ 90 milhões a Clear, uma corretora conhecida no mercado por oferecer taxa zero em seus produtos.
   

Ainda em 2014, a empresa iniciou sua operação em Miami para atender clientes de alta renda e clientes institucionais que investem no Brasil e na América Latina. Em 2016, o lucro da XP atingiu R$ 244 milhões e a empresa, cada vez mais, se tornava uma grande pedra no sapato dos grandes bancos tradicionais. Tanto é que Guilherme Benchimol foi capa da revista Exame, junto com a chamada “Seu banco não presta? Ele agradece”. Ainda em 2016, a XP fez outra grande aquisição: dessa vez, o alvo foi a corretora Rico. Além disso, abriu operação na cidade de Genebra, com foco em clientes latino-americanos que preferiam usar uma conta europeia para manter seu dinheiro no exterior. Em julho de 2017, o poderoso Itaú (conheça essa história aqui), então maior banco privado do Brasil, anunciou a compra de 49.9% da XP por R$ 5.7 bilhões. Com a injeção de capital e de credibilidade do Itaú, a XP continuou a se expandir e multiplicar seus ativos em custódia em meio ao crescimento do mercado financeiro.
    

Após um rebranding, em setembro de 2019, o Grupo XP, que abrigava todas as marcas (XP Investimentos, Rico, Clear e InfoMoney) e iniciativas da holding, anunciou que passaria a se chamar XP Inc. Em dezembro desse mesmo ano, a XP abriu o seu capital (IPO) na Nasdaq, em Nova York. Na estreia do IPO, a XP recebeu uma avaliação de US$ 14.9 bilhões, se tornando o 9º maior IPO do mundo no ano e o maior de uma empresa brasileira na bolsa americana, com a captação de US$ 2.25 bilhões. Ainda neste ano a empresa criou a XP Ventures, cuja principal missão é entender as tendências tecnológicas, investir em startups em estágio avançado e levar para dentro da XP empresas inovadoras para prestar serviços. Nesta época a XP já contava com 1.5 milhões de clientes cadastrados e mais de R$ 350 bilhões em ativos sob custódia.
   

Apesar do ano de 2020 ter sido marcado pela pandemia do COVID-19, a XP continuou crescendo em ritmo acelerado. Isto porque, os juros baixos incentivaram a procura por maior diversificação nos investimentos, o que favoreceu a XP. Além disso, a empresa criou a XP Corporate, que oferece soluções e produtos inovadores para clientes institucionais, universo que inclui empresas com mais de R$ 1 bilhão de faturamento anual. Ainda em 2020, a XP foi eleita uma das 10 marcas mais valiosas do Brasil pela tradicional consultoria Interbrand. Foi a primeira vez que a XP entrou para o ranking das 25 marcas mais valiosas e, de imediato, conquistou o 10º lugar. Entre as 10 mais valiosas, a XP é a única que não possui agência, loja ou produto físico - tudo é feito no formato online.
  

Em meados de 2021, ao completar 20 anos de mercado, a XP investiu na renovação da sua marca. O objetivo é manter o reconhecimento conquistado na atuação no segmento de investimentos, concorrendo com bancos tradicionais, corretoras e fintechs, e reforçar aos consumidores seus produtos e serviços além de investimentos. Isto porque, no ano anterior, a XP lançou um cartão de crédito em parceria com a Visa (conheça essa outra história aqui), que oferece cashback (ou seja, parte do dinheiro gasto de volta ao usuário -, mas, em vez de crédito em conta, o valor devolvido é aplicado em um fundo exclusivo) e prevê o lançamento de conta digital e cartão de débito até o final do ano. Para evidenciar esse portfólio mais amplo, “Investimentos” saiu de cena e a empresa passou a assinar apenas como XP.
  

O evento de gala 
A empresa é responsável pela realização do maior evento de investimentos do mundo, a Expert XP. A primeira edição ocorreu em 2011, realizada no hotel Windsor, no Rio de Janeiro, reunindo 550 assessores de investimentos em um evento exclusivo. Em 2013, o evento saiu do Rio de Janeiro e iniciou sua trajetória na cidade de São Paulo. Com uma edição exclusiva para assessores de investimentos credenciados à XP, em 2014 o evento reuniu 1.550 assessores em uma imersão de 3 dias com palestras e networking. Finalmente em 2017, a XP abriu a Expert para os clientes. O evento reuniu mais de 8 mil pessoas em dois pavilhões do Transamérica Expo Center. No ano seguinte, o evento contou com duas edições: Expert Latin América Conference, que reuniu 500 pessoas em um evento fechado em Miami; e a edição no Brasil, que contou com mais de 12 mil pessoas. Em 2019, além da edição em São Paulo, que reuniu mais de 20 mil participantes e contou com as presenças de Jorge Paulo Lemann e Ricardo Amorim, o evento ganhou sua primeira edição regional - a Expert Talk - que aconteceu em Florianópolis e reuniu cerca de 5 mil participantes da região sul do Brasil. Devido à pandemia vivida em 2020, por conta do COVID-19, a XP realizou pela primeira vez sua conferência anual de investimentos em um formato 100% online e gratuito. Esta edição reuniu mais de 5 milhões de expectadores e contou com palestras de importantes personalidades como Esther Duflo, Malala Yousafzai e Magic Johnson.
   

A evolução visual 
A identidade visual da marca XP Investimentos passou por algumas alterações ao longo dos anos. A última e mais importante, ocorreu em 2021 quando a palavra “investimentos” foi retirada do nome e a sigla XP ganhou uma nova tipografia de letra e um novo posicionamento dentro do quadrado preto. A mudança representava um novo posicionamento da marca, que deseja focar em tecnologia e ampliar sua oferta de produtos.
  

Já a identidade visual corporativa do Grupo XP passou por um reposicionamento em setembro de 2019, quando apresentou uma nova identidade visual e nome. A holding, proprietária da XP e de outras empresas do setor financeiro, passou a chamar XP Inc. A empresa resolveu substituir a palavra “Grupo”, uma nomenclatura que precisaria de tradução, por XP Inc., para evidenciar que é uma empresa global. Visualmente, é uma marca que representa a expansão, com uma seta, janela de oportunidades em que cabem todas as iniciativas. Até então o Grupo XP seguia a identidade visual da XP Investimentos, sua mais importante empresa.
  

Os slogans 
Investir transforma. (2021) 
Mudando para sempre seu jeito de investir. (2019) 
Para os que acreditam no impossível, nós somos a XP Investimentos. (2019)
  

Dados corporativos 
● Origem: Brasil 
● Fundação: 2001 
● Fundador: Guilherme Benchimol e Marcelo Maisonnnave 
● Sede mundial: São Paulo, Brasil 
● Proprietário da marca: XP Investimentos Corretora de Câmbio, Títulos e Valores Mobiliários S.A. 
● Capital aberto: Não (subsidiária da XP Inc.) 
● Chairman: Guilherme Benchimol 
● CEO: Thiago Maffra 
● Faturamento (XP Inc.): R$ 8.15 bilhões (2020) 
● Lucro (XP Inc.): R$ 2.27 bilhões (2020) 
● Valor da marca: R$ 1.685 bilhões (2020) 
● Clientes: 2.8 milhões (2021) 
● Presença global: 4 países 
● Presença no Brasil: Sim 
● Funcionários: 3.600 
● Segmento: Financeiro 
● Principais produtos: Ações, fundos de investimento, fundos imobiliários, ativos de renda fixa e derivativos 
● Concorrentes diretos: BTG Pactual, Easynvest, Órama, Ágora, Banco Inter, ItaúBradesco e Santander 
● Slogan: Investir transforma. 
● Website: www.xpi.com.br 

O valor 
Segundo a consultoria britânica Interbrand, somente a marca XP está avaliada em R$ 1.685 bilhões, ocupando a posição de número 10 no ranking das marcas mais valiosas do Brasil de 2020. 

A marca no mundo 
A XP é parte integrante da XP Inc., holding que concentra diversas empresas do setor financeiro como Rico Investimentos, Clear Corretora, o site de finanças InfoMoney e outras iniciativas em educação, gestão de recursos e seguros, e cujas receitas superaram R$ 8.1 bilhões em 2020. Com mais de 2.8 milhões de clientes ativos, a XP, que oferece acesso a produtos como Renda Fixa, Ações, Fundos de Investimento, Vida ou Previdência Privada, inclusive opções com exposição internacional, tem 7 mil assessores de investimentos, mais de 600 escritórios credenciados no país e mais de R$ 660 bilhões de ativos sob custódia. 

Você sabia? 
 Em meados de 2020 a empresa lançou a XPEED, uma escola online de educação financeira e empreendedorismo com cursos que vão do nível básico até a formação profissional, por meio de MBAs. Inicialmente foram oferecidos 30 cursos online, divididos em quatro frentes: investimentos, trading, educação financeira e empreendedorismo. 


As fontes: as informações foram retiradas e compiladas do site oficial da empresa (em várias línguas), revistas (Fortune, Forbes, BusinessWeek, Isto é Dinheiro e Exame), jornais (Valor Econômico, Meio Mensagem, Folha e Estadão), sites financeiros (InfoMoney), sites especializados em Marketing e Branding (Mundo do Marketing e Interbrand), Wikipedia (informações devidamente checadas) e sites financeiros (Google Finance, Yahoo Finance e Hoovers). 

continue lendo ››

terça-feira, 3 de maio de 2022

Os 12 Princípios Fundamentais da Animação

 





Olá pessoal! Eu estou de volta, desta vez para falarmos um pouco sobre animação. Muita gente que curte hoje os desenhos animados e se diverte com eles não sabe o trabalho que dá para dar vida a esses personagens que amamos tanto. O primeiro passo para quem quer começar a animar é se apegar aos detalhes. Não somente na composição (cenário, objetos e personagens), mas nos detalhes técnicos na hora de fazer a mágica acontecer. Veja a importância neste vídeo.

Podemos ver o quanto é difícil a vida de um animador. São anos de estudo para conseguir chegar a ser considerado um bom animador. Infelizmente, alguns não conhecem os 12 Princípios Básicos da Animação, que foram criados pelos estúdios Disney e é por isso que achei tão importante debatermos sobre isso.

Durante os anos 30, os estú­dios Dis­ney esta­vam na van­guarda do cinema de ani­ma­ção mun­dial. Os seus ani­ma­do­res, incluindo Frank Tho­mas e Ollie Johns­ton, defi­ni­ram o rumo dos dese­nhos ani­ma­dos até hoje. Todos os que vie­ram depois, incluindo a ino­va­dora Pixar (que hoje é da Disney), limitaram-se a fazer evo­luir para novos pata­ma­res as bases do que ali foi desenvolvido.

Uma das suas con­tri­bui­ções foram os cha­ma­dos 12 prin­cí­pios da ani­ma­ção, um con­junto de reco­men­da­ções des­ti­na­das a dar a ilu­são de vida aos per­so­na­gens dos fil­mes Dis­ney, fos­sem eles pes­soas, ani­mais ou objec­tos ina­ni­ma­dos.

Vamos então a eles, que estão todos descritos no livro Disney Animation — The Illusion of Life. Eu, é claro, recomendo para todo mundo que pretende começar a animar dar uma estudada nesse livro.

illusionoflife

Livro: Disney Animation — The Illusion of Life

1. Comprimir e esticar (Squash and Stretch);

  • Sem dúvida, este é o conceito mais importante. Qualquer figura viva demonstra mudanças consideráveis na sua forma ao se deslocar durante uma ação.
  • O rosto de um personagem ganha mais vida quando as formas dos olhos, bochechas e lábios mudam de forma, com a utilização do “Squash & Stretch” ( comprime e estica ).
  • Ao se usar o “Squash & Stretch”, é importante sempre manter o volume da forma.
Comprimir-e-Esticar

Comprimir e Esticar

2. Antecipação (Anticipation)

  • Quando as pessoas estão assistindo a um desenho, elas não entenderão o que está ocorrendo se não houver uma sequência de ações que levem claramente de uma atividade a outra.
  • As pessoas devem ser preparadas para o próximo movimento e esperá-lo antes que este ocorra. Deve ocorrer uma antecipação.
  • Como na vida real, poucos movimentos ocorrem sem antecipação. Sem ela, os movimentos não teriam força. Pense em um tenista, jogador de basebol, basquete ou futebol, todos antecipam o movimento em direção oposta antes de dar a tacada, o chute, etc.
Antecipacao

Antecipação

3. Encenação (Staging)

  • Este princípio está baseado em apresentar uma ação de forma que fique claro visualmente para o espectador.
  • Uma ação tem bom “Staging” quando a expressão é bem vista, o movimento é claro e visível.
  • Quando você está fazendo o “Staging” de uma ação deve ter cuidado para não usar um ângulo que atrapalhe o que você quer mostrar.
  • Uma boa forma de conseguir um bom “staging” é através do uso de silhueta.
Encenacao

Encenação

4. Animação direta e pose a pose (Straight Ahead Action and Pose to Pose)

  • Há dois métodos para animar uma cena, o “direto” (straight ahead) e o “pose a pose”.
  • No método “direto” o animador desenha um movimento após o outro até o final da cena. Neste caso, a animação sai mais espontânea e a cena parece menos mecânica. Desta forma o animador não planeja exatamente como vai ser o decorrer da cena e vai inventando à medida em que progride. Este método geralmente é usado em cenas de ação, onde muitas vezes ocorrem movimentos rápidos e inesperados, embora seja preciso cuidado para que o personagem não fique fora da perspectiva ou checagem do cenário.
saheadpose

Animação Direta

  • No segundo método, “pose a pose”, o animador planeja os extremos cuidadosamente, bem como a quantidade e intervalos entre os extremos para conseguir o timing desejado. Neste caso, os intervalos entre os extremos são passados para um assistente (intervalador) que preenche os desenhos que faltam.
  • No método “pose a pose” existe mais controle e clareza. No método “direto” existe mais espontaneidade.
posetopose

Pose a Pose

5. Continuidade e sobreposição da ação (Overlapping Action and Follow Through)

  • Quando um personagem entrava andando em cena e de repente parava completamente, a ação parecia dura e não era convincente. Foi encontrada então uma forma em que, basicamente, as partes não parassem de se movimentar todas ao mesmo tempo.
  • É o principio do “Follow Through” (movimento sequencial).
  • Se o personagem tem elementos como orelhas grandes, cauda ou casaco, estas partes continuam a se mover mesmo após a figura ter parado.
  • O movimento de cada elemento terá um tempo diferente de acordo com seu peso e características.
Overlapping

Continuidade e Sobreposição da Ação

6. Aceleração e desaceleração (Slow In and Slow Out)

  • Uma vez que o animador desenhava cuidadosamente seus extremos, pensando no tempo decorrente da ação como um todo, precisava indicar ao intervalador como seriam feitos os intervalos. Usava então uma “chave de intervalação”.
  • Através de indicações na “chave” o movimento se desenhava ao longo da animação.
  • Colocando os intervalos perto dos extremos se consegue um resultado interessante, com o personagem indo rapidamente de uma pose à outra.
Aceleração e desaceleração

Aceleração e Desaceleração

7. Movimento em arco (Arcs)

  • A maioria dos seres vivos executa movimentos com uma trajetória circular ou “arco”
  • A ação de uma mão com o dedo apontado segue a trajetória circular. O animador marca as posições dos extremos e dos intervalos ao longo do arco. Intervalos feitos fora do arco irão quebrar o movimento radicalmente.
  • Essa descoberta causou uma enorme mudança nos movimentos desenhados pelos animadores, acabando com as ações rígidas e duras feitas antes. Bonecos andavam com movimentos bruscos para cima e para baixo como peças mecânicas, agora com o uso dos arcos o movimento fica mais suave.
  • Lembrete: Não se esqueça dos arcos.
Arco

Movimento em Arco

8. Ação Secundária (Secondary Ations)

  • Geralmente, a ideia apresentada em uma cena pode ser fortalecida por ações secundárias.
  • Essas ações secundárias são sempre subordinadas à ação principal.
  • Uma maneira de se conseguir uma ação secundária convincente é fazer um planejamento inicial do que vai ser a cena, e depois animar por partes, primeiro a ação principal e depois as ações secundárias que podem ter timing diferentes.
Acao-Secundaria

Ação Secundária

9. Temporização (Timing)

  • O controle do “Timing” ou tempo do movimento é essencial para que possamos atingir o efeito desejado na animação. Basicamente, a velocidade que o filme passa pelo projetor de cinema é de 24 fotogramas por segundo, logo, um movimento de um segundo requer o uso de 12 desenhos, supondo-se que se bata dois fotogramas para cada desenho.
  • A medida em que os personagens foram se desenvolvendo, as suas personalidades eram definidas mais pelos movimentos do que pela aparência, e a variação de velocidade nos movimentos determinava se o personagem era calmo, nervoso, excitado etc…
  • A interpretação e a atitude de um personagem dificilmente são demonstradas sem uma grande atenção ao timing.
spacingtiming

Temporização

10. Exagero (Exaggeration)

  • O exagero é essencial para que se consiga uma boa comunicação.
  • Mesmo nos personagens menos caricatos o uso do exagero no design, no “Squash & Stretch”, no “Follow “Through”, e ações secundárias é fundamental.
  • Quando se fala em exagero em animação, devemos pensar em uma caricatura do real, um exagero da realidade para que se consiga uma melhor comunicação visual.
Exagero

Exagero

11. Desenho volumétrico (Solid Drawing)

  • Devemos sempre nos perguntar: Meu desenho tem peso, profundidade e equilíbrio? Estes são os princípios básicos do desenho tridimensional fundamental em animação.
  • Procure evitar partes gêmeas no personagem, ou seja, cada olho, orelha, mão, dedo, colarinho, sapato etc. ficar idêntico à outra correspondente.
Desenho-Volumetrico01

Desenho Volumétrico ( errado )

Desenho-Volumetrico02

Desenho Volumétrico ( correto )

12. Apelo — Design Atraente (Apeal)

  • Um design atraente sempre é fundamental em qualquer personagem. Significa um design que as pessoas gostam de ver, com charme, simplicidade, comunicação e magnetismo.
  • Qualquer personagem deve ter um design atraente, seja o herói ou vilão. Caso contrário, ninguém vai querer assistir ao que ele está fazendo.
Apelo-02
Apelo

Veja abaixo dois vídeos muito interessantes que mostram detalhadamente todos os 12 Princípios Fundamentais da Animação.

Pessoal, eu espero que tenham gostado deste post, e que tenha ajudado quem pensa em trabalhar nessa área, ou até mesmo os que já trabalham. No meu próximo post, eu vou falar um pouco sobre ilustrações 3D para o mercado imobiliário, e vou dar dicas e truques de como deixar sua cena interna de arquitetura bem legal. Serão dicas que aprendi trabalhando nos maiores estúdios nesse segmento no Rio de Janeiro. Até lá e abraço a todos.

Você gostou dos 12 Princípios Fundamentais da Animação? Tem algum deles que considera mais importante? Deixa a sua contribuição nos comentários!

continue lendo ››